Promete ser animada – para não dizer outra coisa – a reunião desta manhã, a partir das 9 horas, do Conselho Superior do Ministério Público do Pará (CSMP). E tudo indica, pelo andar da carruagem política, que além de procuradores de justiça, a reunião terá a presença de pás, picaretas e uma retroescavadeira.
Muitos processos estão na fila para sepultamento em cova profunda. Saíram direto do armário para a pauta de hoje.
Da pauta – que, aliás, tem rolo para todos os gostos, da capital e do interior – constam diversos inquéritos civis de governos passados – leia-se gestão tucana – que, na visão de suas excelências, devem ser enterrados no cemitério do esquecimento, sem direito a choro nem vela, como diz o poema musical de Noel Rosa.
Tem casos na saúde, transporte, educação, meio ambiente, saneamento. Processos que há 12 anos ou mais não andam, andavam ou se recusam a andar, porque não houve – digamos generosamente – boa vontade em tocar para a frente, como recomenda o bom manual do fiscal da lei e da sociedade.
Então, restou o tiro de misericórdia da caneta dos procuradores de justiça.
Processo incômodo é processo arquivado.
Afinal, morto não fala. No máximo, assusta.
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