Seu valor é dezenas de vezes superior ao do nosso planeta Terra. Isso, claro, se um dia conseguirmos monetizar toda a riqueza que os cientistas estimam que tenha.
O asteroide 16 Psique, descoberto em 1852, tem 226 quilômetros de diâmetro e está a 370 milhões de quilômetros do nosso lar.
Recentemente, um novo estudo usou o Telescópio Espacial Hubble para obter uma imagem mais detalhada de um dos asteroides mais valiosos que conhecemos.
O asteroide está na mira da Nasa (agência espacial americana), que, ao lado da Space X, empresa do bilionário Elon Musk, planeja uma missão de exploração para o ano de 2022.
Asteroide ‘dourado’
Trata-se de uma rocha gigante que orbita no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.
Várias observações indicam que 16 Psique é composto principalmente de metais. Além disso, acredita-se que tenha feito parte do núcleo de um planeta que falhou em se formar.
Se for assim, isso pode nos dar mais informações sobre como o núcleo da Terra e de outros planetas se formaram.
“Vimos outros meteoritos que são em sua maioria metálicos, mas o que torna o Psique único é que ele pode ser feito inteiramente de ferro e níquel”, diz Tracy Becker, cientista planetária do Southwest Research Institute no Texas, Estados Unidos.
Becker faz parte da investigação mais recente da superfície do Psique.
Acredita-se que, além de ferro e níquel, o asteroide também possa conter platina e ouro. Todos esses metais são altamente valiosos.
Algumas estimativas indicam que o valor econômico total de todos os metais do Psique poderia ultrapassar 10 mil quatrilhões de dólares.
Levando em consideração que o valor da economia global em 2019 era de US$ 142 trilhões, segundo o portal de dados alemão Statista, pode-se dizer que os minerais de Psique valem cerca de 70 mil vezes mais.
Não é de surpreender que o 16 Psique também seja conhecido como “o asteroide dourado”.
Exploração
O estudo de Becker e seus colegas surge em meio aos preparativos da Nasa para viajar e entender melhor sua origem e características.
“O que torna Psique e outros asteroides tão interessantes é que eles são considerados rochas formadoras do sistema solar. Quando chegarmos, vamos entender se é assim, e se não for, será tão emocionante quanto”, diz Becker.
Se tudo correr de acordo com o planejado, o Space X e a Nasa lançarão uma nave exploradora em 2022, que alcançará o asteroide em 2026.
Esta será a primeira missão em que a Nasa investigará um corpo celeste de massa metálica em vez de uma formada por rochas e gelo.
Fonte: BBC News
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