Candidatas que se inscreveram no concurso público da Polícia Militar do Estado do Pará encaminharam ofício ao governador Helder Barbalho pedindo providências para corrigir supostas irregularidades no certame, a fim de que sejam convocados todos os candidatos aprovados na primeira etapa para a apresentação de antecedentes pessoais.
Elas querem a classificação de todos os candidatos que tiveram mais de 50% de acerto na prova objetiva, como manda o item 11.3 do edital. Também pedem que a banca organizadora do concurso se manifeste sobre o fator de multiplicação utilizado, justificando como chegou ao número de apenas 347 convocadas para a segunda etapa.
E ainda que a banca se manifeste sobre a transparência desse resultado, deixando claro as notas (por matéria) de todos os candidatos e o critério de desempate utilizado para o resultado da prova objetiva. Por fim, cobram o compromisso do governador de contratar 7 mil policiais militares.
De acordo com o documento, as requerentes são estudantes e buscando estabilidade econômica, bem como ingressar no serviço público, prestaram o concurso público da PM de novembro do ano passado, para ingresso no curso de formação de praças, mas ocorre que o edital trás a convocação de apenas 3.119 homens e 347 mulheres para a etapa seguinte, “ou seja, menos do que o dobro de vagas ofertadas no certame”.
Conforme o documento, com a convocação reduzida de candidatas para as etapas seguintes, irá sobrar vagas no certame, haja vista que antes do curso de formação, o certame é composto de 5 etapas e em todas as etapas, centenas de candidatos serão eliminados.
Para as candidatas, “o edital vai de encontro a todos os outros editais publicados no passado para o curso de formação de praças da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado”.
No documento, as candidatas afirmam que a atitude da banca examinadora do Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES) em conjunto com a PM e a Secretaria de Planejamento, “ofende diversos princípios da administração pública, economicidade e razoabilidade, que devem nortear os atos administrativos”.