José Restrepo, Diretor de Marketing da Unico
Pense em fazer uma compra com seu cartão de crédito, abrir uma conta no banco, solicitar um empréstimo, comprar um veículo novo ou mesmo ser admitido naquele emprego tão desejado. Para todas essas e muitas outras situações do dia a dia, existe um momento crucial: a validação da sua identidade, ou seja, para tudo isso, é preciso provar que você é você mesmo. Apesar de todo o processo mais acelerado da digitalização no Brasil, grande parte dessas validações de identidade ainda acontecem em ambientes que não são digitais: no cartório, nos próprios bancos, nas empresas, em instituições governamentais. E isso consome tempo e dinheiro até mesmo para os deslocamentos.
O estudo “Custo Brasil da Identificação”, encomendado pela Unico à FGV, traz em números o que essa situação representa financeiramente. Os brasileiros desperdiçaram R$ 174,2 bilhões no ano pela falta de métodos digitais de identificação. Isso equivale a cerca de 2% do nosso PIB ou um gasto anual por pessoa que pode chegar a R$ 830 para se identificar e ter acesso a produtos e serviços ou até mesmo exercer a própria cidadania.
Segundo dados do IBGE, 84,7% dos brasileiros já estão conectados à Internet. Nessa realidade, a digitalização é o que nos permite exercer o papel de cidadãos e o que traz a oportunidade e necessidade de ampliar o acesso e o uso da identidade digital no país.
Mesmo com todos os benefícios no ambiente digital, um grande desafio continua sendo as fraudes de identidade. Se pensarmos apenas no momento de fazer uma compra online, por exemplo, o Brasil é hoje o 2º país da América Latina com mais fraudes no cartão de crédito, atrás apenas do México. Um exemplo prático: você está em uma viagem internacional e, na hora de reservar um próximo hotel, tem a compra negada e o cartão de crédito bloqueado – mesmo já tendo usado o cartão antes. Por algum motivo, a transação gerou um alerta de fraude e isso certamente vai custar horas em contato com o call center até resolver o problema.
Bloqueios desse tipo podem acontecer quando o sistema antifraude não consegue verificar a identidade do usuário no meio digital. Mas imagine o quanto de burocracia, tempo e dinheiro seriam eliminados se fosse possível verificar que você é você mesmo apenas olhando para a câmera do celular? E isso é possível por meio de tecnologias de identidade digital que sejam seguras e que garantam a privacidade do usuário, como a biometria facial – que reconhece pontos únicos da face de cada pessoa e garante que ela é ela mesma.
Investir em identidade digital é um caminho para impulsionar o desenvolvimento dos negócios, ampliar o acesso dos cidadãos a produtos e serviços e gerar mais valor para todo o país. Para se ter ideia, o mercado global de identidade digital foi estimado em US$ 16,6 bilhões, em 2021, e a expectativa é de que represente US$ 40,44 bilhões até 2027, conforme um estudo da ResearchAndMarkets.com. A utilização da identidade digital será a chave para todo o desenvolvimento que precisamos e a alternativa para que tudo isso funcione. A edição do relatório Technology Vision, da consultoria Accenture, caminha na mesma direção e aponta que a identidade digital é uma das quatro principais tendências para o futuro dos negócios. A autenticação de usuários e ativos digitais é vista por 85% dos executivos como um imperativo estratégico de negócio e não mais uma questão apenas técnica.
Esses avanços em soluções de identidade digital irão contribuir para consolidar o Brasil no mapa das principais economias digitais do mundo, tanto pelo seu enorme mercado consumidor quanto pela inovação, segurança e privacidade nas transações online. Segundo a consultoria McKinsey, até 2030, a identidade digital vai gerar um valor econômico de até 13% do PIB no Brasil. Temos o conhecimento, a tecnologia e a oportunidade para desenvolver esse ecossistema de identidade digital capaz de promover melhores negócios, ampliar o acesso e o progresso social, com proteção dos nossos dados e transparência. Na Unico, estamos em sinergia com nossos clientes e parceiros estratégicos para trabalhar cada vez mais rumo a um mundo mais simples, seguro e confiável.(AE)
