O piloto da lancha, identificado como Lucas Magalhães, de 27 anos, prestou depoimento na Divisão de Homicídios da Polícia Civil nesta quinta-feira, 16, onde relatou o que teria acontecido na noite da morte de Yasmin Macêdo, de 21 anos. Acompanhando de dois advogados, o depoimento durou cerca de três horas.
Lucas confessou que ainda não tem habilitação formal para pilotar embarcações, mas disse que está realizando o processo para obter a autorização. Ele também disse que na lancha havia 18 pessoas e que Yasmin teria consumido bebida, mas ao tentar tomar banho no rio, com a lancha parada, ela acabou desaparecendo. O advogado da família requereu exames de alcoolemia, toxicológico e de violência sexual. Segundo ele, os resultados devem ser emitidos em até 30 dias.
Ainda segundo o piloto, os passageiros da embarcação começaram a procurar pela jovem mas não a conseguiram localizar, então retornaram para marina por volta de 23 horas. Lucas não soube informar se Yasmim possuía alguma desavença com alguém que estava na embarcação.
O delegado Claúdio Galeno, chefe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, disse: “A investigação é complexa, no sentido que muitas pessoas precisam ser ouvidas. O trabalho nesse momento é ouvir o máximo de pessoas que estavam na embarcação, e aquelas que de alguma forma, tomaram conhecimento e foram ao local. Tudo isso está sendo levado para o inquérito policial. Nós estaríamos equivocados se emitíssemos algum juízo de valor aqui. Nesse momento, não temos como afirmar absolutamente nada. Só ao final do inquérito e, principalmente, com o auxílio das perícias técnicas, poderemos emitir uma conclusão do que realmente aconteceu”.
Além do piloto da embarcação, funcionários da marina também já foram ouvidos e, nos próximos dias, os bombeiros que participaram do resgate do corpo devem ser chamados para depor.