CAPITÃO POÇO – Mortes de jovens dentro de ônibus deixa cidade apavorada. Polícia diz que só um morreu

Atualização às 18h45

Em nota divulgada há pouco, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Capitão Poço, “informa que uma ocorrência de Homicídio Doloso foi registrada nesta terça-feira (19) na cidade. Três homens, sendo dois adolescentes e um adulto, foram encontrados amarrados dentro de um ônibus abandonado em uma área de mata, no Residencial Goiânia.

Após o resgate, um dos adolescentes veio a óbito durante o atendimento médico. Durante as buscas no veículo, foram encontradas cápsulas de armas de fogo. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil local, com apoio da Coordenadoria de operações especiais, Diretoria de polícia especializada, Diretoria de polícia do interior e policiais da superintendência da 6ª RISP-Caeté”. 

As informações iniciais diziam que três homens foram assassinados dentro de um ônibus abandonado no município de Capitão Poço, na Região do Rio Capim, nesta terça-feira (19). Imagens que circularam em aplicativos de mensagens mostram os homens com pés e mãos amarrados e sangrando, provavelmente baleados, alguns ainda respirando.

Populares que tiveram acesso ao ônibus dizem que eram três os mortos, mas as imagens mostram mais homens deitados e amarrados e agonizando, enfileirados nos bancos do ônibus abandonado. Oficialmente, a Polícia Civil, até a publicação da matéria, ainda não tinha se manifestado sobre o fato. Estamos aguardando detalhes da chacina.

As imagens mostram pelos menos cinco homens amarrados e feridos dentro do ônibus que estava abandonado em um terreno baldio, nas proximidades do residencial Goiânia, na sede do município. Os comentários na cidade são de que os crimes seriam perpetrados ou por milicianos ou por facção criminosa ligada ao tráfico de drogas, mas só as investigações poderão confirmar a suspeita.

O ônibus velho chamou atenção de populares, que ao entrarem no veículo viram as vítimas agonizando e com mãos e pés amarrados. O crime teria ocorrido no final da manhã. Em respeito aos leitores, o Ver-o-Fato não divulgará o vídeo com as imagens dos corpos.

Informações preliminares postadas por moradores de Capitão Poço dão conta de que os corpos de jovens, com as mãos amarradas, aparentavam ter levado tiros na região da cabeça.

“A cena sugere forte execução em massa e se soma aos inúmeros crimes que vem sendo praticado, provavelmente por milicianos, na região”, diz a notícia publicada em grupos de mensagens por aplicativos.

De acordo com essa fonte, tudo começou com a execução do ex-policial conhecido por “Navalhada, crime violento, com característica de crime político, uma vez que a vítima denunciava corrupção de desmando de figuras importantes da política local.

O inquérito do caso “Navalhada”, que tramita em segredo de justiça, prossegue a notícia, provavelmente deve ter chegado aos suspeitos e todos esperam que estes sejam retirados de circulação o mais breve possível, “para que este grupo de matadores seja desarticulado, processado, julgado e punido juntamente com os poderosos que pagam por estas execuções”.

Por fim, diz que a justiça paraense precisa agir com rapidez em socorro a comunidade de Capitão Poço e do vizinho município de Ourém para que a paz volte a reinar naquelas comunidades.

Segundo caso brutal em menos de 24 horas no mesmo local

No dia anterior, ocorreu um duplo homicídio em Capitão Poço, quando duas mulheres foram assassinadas, com suspeitas de que teriam sido estupradas.

As duas mulheres foram assassinadas a facadas, na noite de segunda-feira (18). Elas foram encontradas na casa onde moravam, no residencial Goiânia, mesmo conjunto onde os corpos dos jovens foram deixados dentro do ônibus velho.

Nas redes sociais, muitos moradores da região lamentavam a morte das moças e apontavam que elas poderiam ter sido vítimas de um estuprador, que é próximo das famílias delas. As vítimas foram identificadas como Neta Alencar e Wanessa Silva.

Um homem suspeito do assassinato de duas mulheres foi preso pela Policia Civil no início desta tarde. Ele foi preso após denúncias de moradores da vila de Barro Vermelho, zona rural do município, e está sendo interrogado na Delegacia de Polícia de Capitão Poço.