Em mais um capítulo polêmico da gestão do presidente da Câmara Municipal de Belém, vereador John Wayne (MDB), um novo episódio de autoritarismo e desrespeito aos servidores municipais ganha destaque. Conhecido por seu nome que remete aos filmes de faroeste americano, Wayne parece não estar preocupado em seguir as boas práticas da política e, ao invés de promover um debate democrático, optou por um movimento truculento contra os servidores municipais.
A atitude de Wayne, que já havia empurrado goela abaixo da população o aumento salarial de vereadores e prefeito para 2025, surge agora em um momento conturbado, com na ação para aumentar a alíquota previdenciária dos servidores municipais. O projeto, que já causava estranheza e revolta entre a categoria, foi votado sem qualquer consideração pelos direitos dos trabalhadores, que, além de não poderem se manifestar contra o aumento, tiveram a entrada na Câmara Municipal impedida.
A situação gerou indignação entre alguns vereadores, como a Professora Silvia Letícia, coordenadora geral do SINTEPP Belém, que se mostrou enfática em sua crítica: “O presidente da Câmara quis usar o mesmo mecanismo de rolo compressor usado na aprovação do reajuste salarial dos vereadores e do prefeito da próxima legislatura. E não vamos aceitar o aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos servidores municipais. Isso é inadmissível”, declarou a parlamentar.
É difícil não perceber o descompasso entre as promessas de transparência e participação popular, e a realidade de uma Câmara Municipal que mais parece uma casa de decisões autoritárias, onde o debate é substituído por imposições. O gesto de Wayne, ao impedir a entrada dos servidores, revela uma total falta de respeito pela democracia e pelos direitos daqueles que realmente fazem o município funcionar.
E não é só isso. A situação se complicou ainda mais com a reação de alguns vereadores da base aliada do prefeito Igor Normando, que, ao invés de promover o diálogo, se juntaram ao presidente da Câmara na tentativa de confundir e descredibilizar os servidores, gerando mais tensão no plenário. A confusão promovida por esses aliados de Wayne deixou claro que, na Câmara Municipal de Belém, o jogo político está longe de ser transparente ou justo.
O cenário é claro: enquanto os servidores enfrentam dificuldades em garantir seus direitos, o que se vê em Belém é uma Câmara Municipal que, sob a liderança de John Wayne, parece mais preocupada em garantir privilégios para um seleto grupo do que em atender aos anseios da população. Se essa prática continuar, a cidade pode ver mais um ciclo de decisões antidemocráticas e de desprezo pelos trabalhadores da saúde, educação e outros setores essenciais.
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A vereadora Silvia Letícia (PSOL) cobrou explicações do presidente, mas a segurança interferiu na abordagem