A plenária “Os povos indígenas da Amazônia: um novo projeto inclusivo para a região”, encerrou a programação dos Diálogos Amazônicos, que foi realizado nestes sábado, 5 e domingo, 6, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras, em Belém.
O debate mostrou a participação efetiva dos povos indígenas, que buscam fazer um processo de construção entre todos, além de fortalecer a voz e as alianças entre as etnias indígenas.
“Quero destacar esse protagonismo do movimento indígena. Nosso objetivo aqui é construir uma pauta e apresentar uma proposta dos povos indígenas aos presidentes amazônicos”, afirmou a ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara.
200 etnias indígenas
Cerca de 800 indígenas, de mais de 200 etnias da Amazônia brasileira e internacional, estão em Belém para participarem dos Diálogos Amazônicos e da Assembleia da Terra dos Povos Indígenas, que vem sendo promovida de forma paralela aos Diálogos, ocorre desde o dia 4 de agosto, em Belém, e segue até terça-feira, 8.
O encontro contou também com a presença do Cacique Raoni, um dos líderes indígenas reconhecidos pela luta pela preservação de seu povo e da floresta amazônica, além de lideranças indígenas da Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana Francesa e Suriname.
“Estou representando 64 etnias indígenas da Colômbia. Como todo indígena, estamos em resistência. E nós, como amazônicos, também devemos ser unidos e temos que brigar por nossos territórios”, ressaltou Osvaldo Muca, liderança indígena da Colômbia.
Defesa do território
Durante os discursos, as lideranças indígenas defenderam a floresta e seus territórios e destacaram a importância do movimento e da união dos povos indígenas para defender seus territórios.
“A gente está sendo ouvido pelas autoridades, eles estão nos escutando. Temos que nos unir e defender o meio ambiente, as águas, a floresta”, afirmou o cacique Raoni. (Com informações da Agência Belém)