A Polícia Civil do Pará investiga a trágica morte da biomédica Karina Santos Pinto, de 25 anos, ocorrido no último final de semana em Belém. De acordo com as autoridades, Karina foi baleada enquanto estava em um carro que trafegava pela rodovia BR-316, entre os municípios de Ananindeua e Belém.
O caso está sendo tratado pela Delegacia de Feminicídio, vinculada à Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), mas as investigações estão sendo conduzidas sob sigilo.
Conforme relatos de familiares, Karina estava acompanhada de seu ex-namorado, um agente de segurança pública, no momento em que foi ferida. Ele a teria levado em estado grave ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, mas a jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu logo após dar entrada na unidade.
O relacionamento entre Karina e o ex-namorado, que terminou no início de 2024, era descrito como conturbado, com relatos de discussões frequentes. A família e amigos da vítima acreditam que o ex-namorado é o principal suspeito do crime, especialmente devido ao histórico de possessividade e à recusa em aceitar o término. Nas redes sociais, amigos também relatam que o homem demonstrava comportamentos problemáticos.
Raila Bruna, uma amiga próxima de Karina, falou sobre o comportamento agressivo do ex-namorado e expressou seu desejo por justiça. “Todos acham que ele é o culpado porque foi a última pessoa a vê-la. Queremos justiça, de uma forma ou de outra. Não é justo tirarem a vida de uma jovem cheia de sonhos”, desabafou.
O Conselho Regional de Biomedicina emitiu uma nota de pesar, oferecendo apoio aos familiares e amigos de Karina durante este momento doloroso. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que está apurando o caso através da Corregedoria Institucional.
De acordo com familiares, a Polícia Militar chegou a deter o ex-namorado quando ele estava no hospital. No entanto, ele foi liberado na noite de domingo (25), aumentando a angústia dos familiares da vítima, que temem possíveis retaliações.