Depois do aumento da passagem de ônibus em Belém, os usuários estão registrando vídeos que mostram a qualidade precária dos veículos. Os donos das empresas anunciaram que o serviço seria precarizado após a prefeitura não aceitar o aumento proposto pelo Conselho Municipal de Transporte.
Essa ameaça é redundante e cabe a pergunta aos empresários: quando o serviço apresentou o mínimo de qualidade para quem dele faz uso diário?
O que se vê, na verdade, é que o serviço vai de mal a pior. Após o Ver-o-Fato mostrar anteontem a porta de um ônibus amarrada por uma corda, desta vez a situação é ainda mais perigosa: o coletivo transporta passageiros com o volante quebrado, não possibilitando realizar uma simples manobra.
O vídeo está sendo compartilhado nas redes sociais e o caso teria ocorrido nos últimos dias. Enquanto o motorista tenta fazer uma conversão na Avenida Centenário, no bairro do Bengui, é possível ver a grande dificuldade que ele tem para girar o volante para esquerda.
O trânsito está intenso e os passageiros mostram insatisfação com a demora na manobra, que ainda leva perigo para os demais carros que passam pela via. O problema só começa a ser superado quando dois passageiros ajudam o motorista a girar o volante com muita dificuldade.
“O ônibus está cansado, tem que aposentar”, diz ironicamente um passageiro. Acredite se quiser, isso acontece em Belém, onde sucatas ambulantes chamadas de ônibus circulam livremente, pondo em risco a vida dos usuários.
Como dizia aquela música do Gilberto Gil: “aqui é o fim do mundo”.
Atualização às 11h41:
Em nota enviada ao Ver-o-Fato, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informa que “realiza vistorias preventivas e ordinárias nos terminais de linha e nas garagens das empresas. Em caso de falha de serviço, a empresa é autuada”.
“O caso relatado não foi protocolado junto à Semob. A autarquia orienta o usuário a formalizar essas denúncias e reclamações para a Ouvidoria nos canais de atendimento do órgão, pelo site (semob.belem.pa.gov.br), e-mail (ouvidoria.semob@cinbesa.com.br) ou entrando em contato pelos números 118 ou Whatsapp (91) 98415-4587.
Lembrando que, em caso de denúncias envolvendo a prestação de serviço de ônibus, é preciso identificar a linha, a empresa, o horário, o código alfanumérico (número que fica na lateral do veículo) e a situação ocorrida, para que o órgão possa identificar empresa e operadores, averiguar e tomar as providências cabíveis”.
Veja o vídeo: