A Associação de Defesa do Consumidor e Meio Ambiente do Brasil (Adecambrasil) aguarda decisão da justiça sobre a ação civil pública interposta na Vara da Fazenda Pública da Capital, requerendo que o Shopping Boulevard instale redes de contenção de quedas em seus pátios com acesso aos andares superiores para evitar acidentes fatais.
A ação também pede a condenação do Consórcio Boulevard Shopping Belém por danos morais, com pagamento de R$ 3 milhões, em favor do Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos, ou ao Fundo de Reaparelhamento do Ministério Público do Estado do Pará.
Diante da ação, o juiz Raimundo Santana mandou requisitar informações ao Shopping Boulevard para decidir sobre os autos. De acordo com o pedido da associação, a instalação de redes de proteção do tipo usadas por trapezistas em circos, evitaria principalmente a queda de suicidas.
A associação também pede que o Boulevard promova “programas de desestímulo aos processos psicológicos que resultam no autocídio” e faça divulgação “de forma ampla, clara, precisa, objetiva, correta e ostensiva no sítio eletrônico da requerida e em todas as suas redes sociais”.
Local escolhido
Para justificar a ação, a associação afirma que “é um fato amplamente conhecido na Região Metropolitana de Belém que o estabelecimento da requerida é escolhido a dedo para a abominável e lamentável prática do suicídio”. E que “desde a sua inauguração, em 08 de outubro de 2007, inúmeros foram os falecimentos verificados em suas dependências”.
Diz a associação que “os indivíduos atormentados se aproveitam da arquitetura do local – muitos andares, todos com espaços vazados que possibilitam a vista para pátios no térreo – e da recorrente e deliberada negligência da administração do shopping para se atirar rumo à morte”.
Veja a ação na íntegra: