Em alguns setores da sociedade paraense, a rivalidade entre “torcedores” de Remo e Paysandu continua em um nível de violência extremada, que já redundou em assassinatos, invalidez permanente e muita dor entre familiares das vítimas. “Torcedores” do Paysandu já atacaram os do Remo com paus, pedras, facas, tiros, porretes, etc. “Torcedores” do Remo já fizeram o mesmo com os do Paysandu. Nos dois casos, ninguém foi punido. A omissão das autoridades gera mais violência e alimenta a impunidade.
No último domingo, por exemplo, após a vitória do Remo sobre o Paysandu, que classificou o Leão para a Série B do Campeonato Brasileiro de 2021, cenas grotescas e lamentáveis de violência gratuita, idiota e explícita, voltaram a se repetir.
Desta vez, mais de 20 bandidos, travestidos de torcedores, entre eles algumas mulheres, vestidos com camisas de uma suposta torcida organizada do Clube do Remo, barbarizaram três torcedores do Paysandu, logo após o jogo. O fato ocorreu no Bairro da Maracangalha, em Belém.
Vídeos gravados por moradores da rua Rio Parus, no Conjunto Paraíso dos Pássaros, mostram imagens impressionantes da covardia praticada pelos marginais, que usaram paus e pedras com intenção de matar os três homens que estavam com camisas do Paysandu.
Dos três torcedores agredidos, dois ficaram em estado grave, cobertos de sangue. Nas imagens é possível ver que os bandidos ainda roubam os pertences das vítimas inertes no chão, após terem sido agredidas.
Eles foram atacados por chutes, pedradas e pauladas, golpes desferidos principalmente na cabeça. Em seguida, parte do grupo começou a correr, e alguns retiraram a camisa para evitar que fossem identificados.
Outras pessoas que estavam junto com as três vítimas conseguiram correr quando viram os bandidos e escaparam do ataque covarde. Nos vídeos gravados, as pessoas entram em desesperos assistindo as agressões.
Viaturas da Polícia Militar foram acionadas e interditaram a rua. Segundo os militares, os três homens agredidos foram encaminhados para hospitais da região. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas. O Instituto Médico Legal (IML) não confirmou nenhum pedido de remoção de corpo para o local da briga.
De acordo com moradores, a polícia tem que tomar providências urgentes para identificar a prender esses marginais, pois são homens e mulheres covardes, de alta periculosidade, que não dão o menor valor à vida dos outros.
“Não é mais possível a sociedade paraense assistir repetidas cenas como essas de agressões praticadas por bandidos disfarçados de torcedores. É uma afronta ao direito e à liberdade dos cidadãos e ao próprio sistema de segurança pública, que nada faz para acabar com isso”, desabafou um morador indignado.
Com a palavra, a Secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público, fiscal da lei.
Ou acabamos de vez com essa selvageria, ou voltemos todos às cavernas, de onde nunca deveríamos ter saído.
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