Morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco, um dos maiores galãs da história da televisão brasileira. Ele estava internado havia cerca de 20 dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e encontrava-se sedado desde então. A informação foi confirmada por familiares. A causa da morte não foi divulgada.
Segundo sua irmã, Grácia Cuoco, com quem o ator morava, o quadro de saúde se agravou em função da idade e de uma infecção decorrente de um ferimento. Nos últimos meses, ele vinha passando por sucessivas internações.
Francisco nasceu em 1933 no bairro do Brás, em São Paulo, em uma família de origem humilde. Começou a trabalhar cedo, como feirante ao lado do pai. No início dos anos 1950, conciliou o ofício com os estudos na Escola de Arte Dramática (EAD), atual EAD da USP, onde iniciou sua trajetória nas artes cênicas.
O ator também teve carreira no teatro e no cinema, mas foi na televisão que construiu sua maior projeção. Sua imagem está fortemente associada a uma era de ouro da TV brasileira, marcada por protagonistas intensos e tramas carregadas de emoção.
Entre seus principais trabalhos na TV estão as novelas “Redenção” (1966), “O Cafona” (1971), “Selva de Pedra” (1972), “O Semideus” (1973), “Pecado Capital” (1975), “O Astro” (1977), “Os Gigantes” (1979), “O Outro” (1987), “O Salvador da Pátria” (1989), “Lua Cheia de Amor” (1990), “Tropicaliente” (1994), “A Próxima Vítima” (1995), “Malhação” (1997), “Pecado Capital” (1998), “O Clone” (2001), “Da Cor do Pecado” (2004), “América” (2005), “Cobras e Lagartos” (2006), “Passione” (2010), “O Astro” (2011), “A Vida da Gente” (2011), “Amor à Vida” (2013), “Boogie Oogie” (2014), “I Love Paraisópolis” (2015), “Sol Nascente” (2016) e “Segundo Sol” (2018).
Seu último trabalho foi em uma participação especial na novela “Salve-se Quem Puder” (2020). Há cerca de duas semanas, o ator foi homenageado no programa “Tributo” da TV Globo.