Para fazer suas previsões, o
Barão de Tamuatá utiliza uma combinação de elementos que nem ele
entende, mas que, no final – e isso é o que importa – acaba não dando
certo. Ele é sempre baseado (que não é cigarro de maconha) em
numerologia, chutologia,
bola de cristal feita de mogno, búzios, copo na mesa, e em mensagens
telepáticas gravadas na tela do celular dele pelos extraterrestres de
Colares e Varginha. Esse aparato é suficiente para que suas previsões
sejam sempre coroadas do mais retumbante fracasso.
Eis as previsões:
presidente Dilma não vai cair, mas também não vai ficar no cargo. Ela
será abduzida por uma nave espacial e sequestrada por alienígenas a serviço de Eduardo Cunha, o homem que não esquenta a cabeça nem
quando ela pega fogo. Ninguém notará a saída de Dilma do poder. É como
se o povo brasileiro tivesse sido hipnotizado. Renan Calheiros escapará de asa delta de nova etapa da operação Lava-Jato. E pedirá asilo no Paraguai.
Lula,
aquele que nunca sabe de nada, vai aproveitar o momento para se lançar
candidato, disputando a presidência com Michel Temer, o que morde e
assopra. O vice de Lula será o amigo Bumlai. Lula não é de guardar
rancor e beneficiará o amigo que o dedurou com uma premiação delatada
no Palácio do Planalto.
Tiririca,
o do slogan “pior que tá, não fica” desistirá de sua candidatura a
presidente, apesar do intenso apoio de todos os palhaços do país, os
verdadeiros e os criados pela maledicência preconceituosa. Bolsonaro vai
desistir da política ao ter revelada, por um amigo secreto, sua
verdadeira orientação sexual. Pedirá perdão a gays e lésbicas e sairá de
cena, escoltado por uma tropa de machões, sob uma chuva de purpurina.
Será,
também, um ano de intensas negociações no Congresso. Várias comissões,
com percentuais diversos, serão formadas. Um deputado vai propor, num
projeto de lei, que a propina paga nos negócios feitos por debaixo dos
panos caia de 40% para 10%. O deputado dirá que seu objetivo é reduzir a
corrupção até que o último corrupto de Brasília se mude para São Paulo.
Mas, durante a votação da matéria, enquanto os deputados se distraíam, o
painel de votos será roubado.
O
PMDB vai continuar dando as cartas – marcadas – no país, obviamente por
debaixo da mesa; o PSDB, para variar, será a oposição que não se opõe,
porque sabe a cumbuca onde mete a mão. O PT não fará “mea culpa” da
roubalheira no Petrolão e dirá, em nota assinada por Zé Dirceu, que
todos os corruptos devem ser presos, julgados e deportados para um
planeta onde chove diamantes, a 40 anos-luz da Terra. Lá, enfim, eles
descansarão em paz. Bem longe dos Sérgios Moros da vida e do japonês da
Polícia Federal.
2016 será um ano eleitoral, haverá eleição em mais da metdade das
prefeituras que ainda não foram loteadas pelos atuais ocupantes. O povo
irá para as ruas com escovão e detergente, mas se esquecerá de votar e
mudar o quadro político, elegendo os mesmos pilantras dos quais tanto
fala mal. O Barão de Tamuatá, nessa previsão, sugere que se importe
eleitores da Síria, Líbia e Iraque para votar no lugar do povo
brasileiro que, como Pelé – o poeta calado – bem disse, não sabe votar. Maldade do Barão com o povo.
Belém, Zenaldo Coutinho será fragorosamente derrotado por uma aliança
entre náufragos dos canais do Tucunduba, Estrada Nova, Bacia do Una, do
Bengui e dos alcoólatras do bairro da Matinha. A causa da derrota de
Zenaldo, mostrada pelo Barão de Tamuatá em sua bola de cristal feita de
mogno, é que o governador Simão Jatene saiu para pescar dias antes da
eleição e não reapareceu para carregar o aliado no colo, como fez na
eleição passada.
A
Câmara Municipal de Belém terá renovação de 70%. Surgirão vereadores
com propostas ousadas. Uma delas será mudar a capital do Pará para Afuá,
no Marajó, onde pelo menos não alaga, uma vez que as ruas daquela
cidade são constituídas por estivas. Outro vereador vai propor
que sejam construídos banheiros públicos por toda a cidade e que os mijões de rua sejam presos. Haverá uma passeata de bêbados e ressaqueados, protestando contra a medida.
A comemoração dos 400 anos de Belém será adiada por excesso de anos e falta de obras para mostrar. O prefeito, no dia 12 de janeiro, decretará ponto facultativo e mandará o povo se queixar ao bispo. Que também dirá que nada tem a ver com isso e mandará o povo se queixar ao papa. Como o papa fica em Roma e Roma é longe pacas de Belém, o jeito é o povo, que não tem dinheiro para comprar passagem de avião, ir para a rua e cair na farra.
Aguarde as previsões sobre Economia, Meio-Ambiente, Ciência, Saúde e Educação, etc.
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