Em mais uma atuação apática e desastrosa, o Paysandu foi goleado por 4 a 0 pelo Bahia na noite desta quarta-feira, na Fonte Nova, em Salvador, e se despediu precocemente da Copa do Brasil. O resultado expõe a fragilidade do Papão em competições nacionais nesta temporada, onde o time tem colecionado decepções e desempenhos muito abaixo do esperado.
Sem vontade, sem inspiração e com erros gritantes, o Paysandu foi presa fácil para um Bahia que soube aproveitar as falhas do adversário. A torcida bicolor, que já vem sofrendo com a campanha irregular na Série B, viu mais um capítulo de frustração. O time paraense não conseguiu esboçar qualquer reação, sendo dominado do início ao fim em uma noite que reflete o momento turbulento do clube.
A responsabilidade por esse vexame recai, em grande parte, sobre a atual diretoria, liderada por Roger Aguillera. As contratações feitas para a temporada, marcadas por escolhas de qualidade questionável, não entregam em campo o que o torcedor espera. Jogadores que chegaram com a promessa de reforçar o elenco não conseguem corresponder, evidenciando um planejamento mal executado.
A paciência da Fiel Bicolor, conhecida por sua paixão incondicional, parece estar no limite.
A diretoria precisa rever sua estratégia de contratações e buscar soluções urgentes para resgatar o orgulho do torcedor. A história do Papão é de luta e glórias, mas o presente exige mudanças drásticas para evitar que 2025 seja marcado por mais frustrações.
Como foi o vexame
O jogo de volta confirmou a superioridade tricolor, que já havia vencido por 1 a 0 na ida, com gol de Cauly de pênalti. O Bahia, comandado por Rogério Ceni, não deu chances ao Paysandu. Logo aos dois minutos, Michel Araújo abriu o placar após bela jogada de Kayky e Jean Lucas, aproveitando a desorganização da defesa paraense.
O Papão, perdido em campo, viu o Esquadrão dominar as ações com triangulações rápidas e apoio dos volantes, criando chances constantes. Aos 31 minutos, Willian José ampliou com um gol de oportunismo, e, aos 46, o centroavante marcou novamente, com uma cavadinha precisa, fechando o primeiro tempo em 3 a 0. No segundo tempo, Rodrigo Nestor selou a goleada aos 20 minutos, com um chute forte de fora da área.
Defensivamente, o Paysandu foi um desastre. Apesar de algumas tentativas de contra-ataque, o time não ofereceu perigo real ao goleiro Marcos Felipe, que teve uma noite tranquila. As substituições do técnico Luizinho Lopes, como as entradas de Nicolas, Lucca Carvalho e Marcelinho, pouco fizeram para mudar o panorama. O Bahia, por sua vez, controlou o jogo na etapa final, preservando titulares e dando minutos a jogadores como Kauã Davi, Tiago e Ruan Pablo, enquanto o Papão assistia à consolidação do vexame.
RAIO X DA PARTIDA
Bahia: Marcos Felipe; Gabriel Xavier, Fredi, Ramos Mingo (Kauã Davi) e Iago Borduchi; Acevedo, Jean Lucas, Rodrigo Nestor (Everton Ribeiro) e Michel Araújo (Ruan Pablo); Kaiky (Tiago) e Willian José (Lucho Rodríguez). Técnico: Rogério Ceni.
Paysandu: Matheus Nogueira; Edílson (Nicolas), Luan Freitas, Maurício Antônio e PK; André Lima, Leandro Vilela (Lucca Carvalho) e Matheus Vargas (Eliel); Bryan (Cavalleri), Reverson e Jorge Benítez (Marcelinho). Técnico: Luizinho Lopes.
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador;
Gols: Michel Araújo (2′) e Willian José (31′ e 46′), no primeiro tempo; Rodrigo Nestor (20′), no segundo tempo
Cartões amarelos: Gabriel Xavier, Acevedo (Bahia); Leandro Vilela (Paysandu);
Público: 30.403 pagantes;
Renda: R$ 753.313,00;
Arbitragem: João Vitor Gobi, auxiliado por Alex Ang Ribeiro e Daniel Paulo Ziolli (Trio de São Paulo);
VAR: Rafael Traci (SC).
MELHORES MOMENTOS E GOLS:
