Na madrugada desta sexta-feira (27), um vigilante foi assassinado no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, na região metropolitana de Belém. José Soares de Oliveira Neto, de 35 anos, foi morto a tiros em um crime que chocou a comunidade local e intensificou a sensação de insegurança que tem pairado sobre a Grande Belém nas últimas semanas.
O caso aconteceu durante um assalto no Conjunto Abelardo Conduru, área onde a violência tem aumentado significativamente.
Policiais militares do 6º Batalhão participavam da “Operação Madrugada de Paz” na Cidade Nova 8 quando foram informados sobre o crime. Testemunhas relataram ter ouvido três disparos e avistado três suspeitos no local. Ao chegarem na cena do crime, os policiais encontraram o corpo do vigilante, que teve sua arma de fogo e motocicleta roubadas, configurando o crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
Um adolescente de 15 anos foi apreendido e encaminhado à Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data), em Belém, por suspeita de envolvimento no crime. A Polícia Civil informou, em nota, que a Divisão de Homicídios já está conduzindo as investigações e que perícias foram solicitadas para elucidar o caso. A população pode fornecer informações adicionais através do Disque-Denúncia, pelo número 181.
A morte de José Soares é mais um episódio em uma sequência de assassinatos que vem alarmando a população de Belém e seus municípios vizinhos. A violência tem se espalhado pela região, e o sentimento de vulnerabilidade é visível e a criminalidade tem se tornado uma constante.
As autoridades enfrentam pressão crescente para reverter o cenário e restabelecer a ordem em uma região que se encontra sob tensão, enquanto famílias convivem com o temor de que novos crimes ocorram a qualquer momento.
OUTRO VIGILANTE MORTO
A Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios (DH), prendeu ontem (26) um homem suspeito de envolvimento no latrocínio que vitimou o vigia Miguel Cardoso Melo, de 68 anos. O crime ocorreu durante a madrugada na Escola Dom Mário, localizada na rua Doutor Malcher, no bairro da Cidade Velha, em Belém.
O suspeito foi detido pela Polícia Militar (PM) após ser identificado durante rondas realizadas na área do Ver-o-Peso. Após a prisão, ele foi encaminhado à Divisão de Homicídios, onde confessou o crime e apontou a participação de um comparsa, que ainda está sendo procurado pelas autoridades. Até o momento, o nome do suspeito não foi divulgado pelos órgãos de segurança.
A vítima, que trabalhava como vigilante na escola há mais de 30 anos e também residia no local, foi encontrada morta na manhã de quinta-feira. A Polícia Científica do Pará realizou a perícia no local para determinar as circunstâncias exatas do crime. Objetos foram subtraídos da escola, configurando o crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
O homem preso foi autuado em flagrante e, após os procedimentos legais, será encaminhado ao Sistema Penitenciário, onde permanecerá à disposição da Justiça. As investigações seguem em andamento para localizar e prender o segundo envolvido no crime.
O caso gerou comoção no bairro da Cidade Velha, onde Miguel Cardoso era conhecido pela dedicação à escola e à segurança da comunidade. A violência crescente na capital paraense tem preocupado os moradores, que cobram ações mais enérgicas das autoridades para conter a criminalidade na região.
Quinta capital mais segura?
Ironia: o governador Helder Barbalho, em anúncio compartilhado pela imprensa amestrada de Belém, afirmou ontem que a capital paraense é a quinta mais segura do país. Seria cômico, não fosse trágico.