Por falta de provas, o Tribunal do Júri da Comarca de Ananindeua, sob a presidência da juíza titular, Cristina Collyer, absolveu nesta quarta-feira (24), o réu Clevyson Erick Sousa da Silva, de 25 anos, acusado de envolvimento no assassinato da jovem Mayara da Silva Martins, 19 anos, em 2016.
O julgamento começou na terça-feira (24), com os depoimentos de seis testemunhas, sendo três de defesa e três de acusação. Das oito testemunhas arroladas, duas faltaram. O júri terminou no início da tarde de hoje.
De acordo com o processo, o corpo da vítima foi encontrado pela polícia em 15 de julho daquele ano, após ter sido jogado em um terreno em Águas Lindas, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.
Segundo o processo, a jovem foi sequestrada e levada para as matas do Parque Ambiental do Utinga, onde foi torturada e morta a tiros. Depois, os criminosos abandonaram o corpo em Águas Lindas.
O réu era um dos 10 acusados no caso. Segundo o processo, o crime também teve o envolvimento de dois adolescentes.
Clevyson Silva foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de associação criminosa e tortura, mas o júri considerou que não havia para condená-lo.
O Ministério Público do Pará foi representado pelo promotor Arnaldo Azevedo, e na defesa atuou o advogado Osvaldo Medeiros Neto.
A tortura e a execução de Mayara Martins foram filmadas com um celular por um dos acusados e as imagens do crime foram compartilhadas nas mídias sociais na época.
Ainda de acordo com o processo, a jovem foi atraída pela própria irmã, Tayná de Jesus Martins de Lima, de 20 anos, e uma amiga menor de idade para perto das matas do Parque do Utinga, onde consumiriam drogas. Ao chegar no local, ela foi surpreendida pelos criminosos, que a obrigaram a entrar na mata e ali passaram a torturá-la até que a mataram com vários disparos.
As investigações da Polícia Civil demostraram que a garota foi morta por ter sido considerada pelos assassinos como informante de policiais militares, apontando onde funcionava um ponto de tráfico de drogas que havia sido estourado pouco ates do crime.
As investigações mostraram ainda que a jovem foi morta a mando de Márcio Guilherme Prado Lima Filho, o “Bugalu”, de 23 anos, e José Adriano Gomes Santos, de 26, conhecido por Adriano Gordo, que, na época do crime, estavam presos.
Discussion about this post