agente administrativo na função de escrivão, seccionais em péssimas
condições e ainda um único profissional tomando conta da delegacia
devido à falta de efetivo. Diretores da Adepol e Sindpol percorreram na noite desta sexta-feira,
22, e madrugada deste sábado, 23, delegacias e seccionais da capital
paraense e região metropolitana, fiscalizando e orientando sobre o
“Pacto Pela Legalidade”, através do qual os policiais civis deverão
observar suas atuações e previsões legais quanto à carga horária e
condições de trabalho, assim como os direitos e garantias dos
investigados e da sociedade em Geral.
Já na primeira delegacia
“UIPP Tenoné”, as entidades de classe se depararam com um prédio
completamente vazio, apenas um investigador estava no local. A unidade
policial foi entregue em agosto do ano passado, e deveria atender a
população local, mas o que se vê são salas vazias. Quem mora na área diz
que o local não funciona. Um morador aproveitou a visita das
entidades para denunciar que a falta de atendimento na unidade policial é
uma rotina, sempre que ele ou a família procuram o local para registro
de ocorrências não conseguem atendimento.
A secretaria de segurança
pública do Estado investiu R$ 1.084.770,86 na obra para
nada, já que segundo os moradores raramente o local dispõe de
atendimento para população. Do outro lado da cidade, no município
de Marituba, a seccional urbana da cidade que funciona como também como
central de flagrantes, está caindo aos pedaços. Infiltrações e goteiras
tomam conta do prédio, o banheiro está interditado, a fachada
completamente deteriorada, a placa com o nome da seccional não dá nem
para identificar mais.
Um contraste denunciado pelas entidades de
classe, uma unidade recém inaugurada parada no bairro do Tenoné,
enquanto outra precisa urgentemente de uma reforma e atenção da
segurança pública do estado. Isso demonstra o total despreparo do
governo nos investimentos na área de segurança pública.
Em outra
seccional o descaso continua. No distrito de Icoaraci, apenas um
investigador está na unidade policial. O motivo? Um homicídio que
ocorreu na madrugada, o efetivo da delegacia foi até o local do crime, e
o profissional teve que ficar sozinho tomando conta da seccional. Isso
demostra a falta de efetivo e como os profissionais da segurança pública
do Estado estão sobrecarregados e muitas vezes em desvios de funções.
Na seccional da Cidade Nova, o problema continua. Logo de cara as
entidades de classe flagraram um “agente administrativo” exercendo a
função de escrivão, o que é errado. Devido à carência de profissional a
administração pública substitui o escrivão por um administrativo para
tirar plantão remunerado. O jeitinho que a segurança pública dá para
suprir a falta de profissionais, prejudicando e muito a população.
Adepol e Sindpol, através dessa ação, chamam a atenção do governo do
Estado quanto às condições precárias de trabalho e o índice alarmante de
violência que assola o Estado, e mostram ainda à população paraense o
descaso do atual governo em relação dos servidores da Segurança Pública”.
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