Paulo Eduardo Fonseca *
O cenário político para as próximas eleições municipais está posto e, como regra, se tem a nítida percepção de que o previsível se sedimentou. O discurso é o mesmo já ouvido em outros pleitos e, aparentemente, inexiste qualquer componente que possa impulsionar novas lideranças.
O modelo polarizado pela “velha política” dificulta a entrada de novos cidadãos na política e, de algum modo, transforma-se em descrença em nós mesmos, como povo e sociedade. Desafiando o princípio democrático do irrestrito respeito ao estado de direito, em prol do resguardo de interesses nem sempre lícitos, não raro, atitudes ilegais são justificadas na lei, o que acaba por ensejar que a crise vivida em nosso país, antes de ser política, econômica ou social, seja moral.
Essa situação gera preocupações, enfraquece a estabilidade das instituições republicanas e o pacto social, especialmente quanto às realidades políticas, sociais e culturais, bem como contribui para que prospere o perigoso desencanto pela falta de perspectiva.
Mas, não se pode perder de vista que as eleições oportunizam a todo cidadão a possibilidade de ajudar na formação de uma nova ordem social fundada no direito e no amor – no ágape – desde que o dever cívico do exercício do voto seja praticado com responsabilidade.
Essa é uma oportunidade em que o indivíduo tem condições de influenciar de modo significativo no coletivo, ajudando na transformação e evolução da sociedade, notadamente escolhendo o justo para governar.
Por isso o exercício da cidadania deve refletir uma ação consciente na busca de uma ordem social que leve em conta os princípios cristãos e, consequentemente, privilegie o bem comum e não o interesse pessoal daquele que irá governar. Kardec já afirmou, em Livro dos Espíritos, Questão 930, que “… quando (o homem) praticar a Lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade e ele próprio será melhor”.
Efetivamente, este é um momento significativo para ajudar na transformação da sociedade e todos precisam estar conscientes da importância do ato que em breve vão praticar.
Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da humanidade (in O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XX, item 5º, ), portanto, exerça o dever cívico e a ação consciente de votar com responsabilidade, depositando seu voto naquele que trabalhará pelo bem comum e, assim, você estará ajudando na construção de uma sociedade mais justa e perfeita.
A transformação do planeta depende da ação dos bons!
- Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Discussion about this post