Quando se fala em sexta-feira 13, para muitos, a primeira imagem que vem à mente é a do temível Jason Voorhees, o icônico assassino mascarado que transformou esse dia em um sinônimo de horror nos cinemas. Desde sua estreia em 1980, a franquia “Sexta-Feira 13” tornou-se um dos pilares do gênero slasher, garantindo seu lugar na história da cultura pop.
A origem de Jason Voorhees
Curiosamente, Jason não é o principal vilão no primeiro filme da franquia. Lançado em 1980, Sexta-Feira 13 introduz um grupo de jovens que trabalham para reabrir o acampamento de verão Crystal Lake, onde tragédias passadas se desdobraram. No filme, os assassinatos são cometidos por Pamela Voorhees, a mãe de Jason, que busca vingança pela morte de seu filho, que ela acreditava ter se afogado devido à negligência dos monitores do acampamento.
No entanto, é na sequência, Sexta-Feira 13 – Parte 2 (1981), que Jason aparece como o assassino. Embora inicialmente retratado como um homem deformado vivendo nos arredores de Crystal Lake, ao longo dos filmes, Jason evolui para uma figura quase sobrenatural, implacável e indestrutível, armado com seu característico facão e usando um saco de papel na cabeça. O personagem só aparece com sua máscara de hóquei em Sexta-Feira 13 – Parte 3 (1982), e que se tornaria uma de suas marcas registradas.
A trilha sonora aterrorizante
Além do próprio Jason, a trilha sonora de Sexta-Feira 13 é um dos elementos que fazem o filme tão impactante. Composta por Harry Manfredini, a música é marcada pelo famoso efeito sonoro “ki-ki-ki, ma-ma-ma”, que, segundo o compositor, foi inspirado nas falas de Pamela Voorhees. Manfredini gravou sua própria voz, sussurrando essas palavras, e depois manipulou o som eletronicamente, criando o efeito que é instantaneamente reconhecido pelos fãs. Esse efeito sonoro, repetido em momentos de tensão, tornou-se um símbolo de alerta para o público, antecipando os ataques mortais de Jason e amplificando o suspense do filme.
Essa trilha, com sua simplicidade e minimalismo, é uma das mais reconhecíveis do gênero terror. Ela conseguiu penetrar na cultura pop, sendo frequentemente usada para evocar medo em cenas de suspense, mesmo fora da franquia original.
A evolução de um ícone do terror
Ao longo de mais de 40 anos, Jason Voorhees estrelou 12 filmes, enfrentando tanto vítimas indefesas quanto rivais sobrenaturais. Diferentemente de outros vilões do cinema, como Freddy Krueger ou Michael Myers, Jason raramente fala. Sua presença, combinada com sua força bruta e sua capacidade aparentemente infinita de sobreviver, fez dele um dos assassinos mais temidos da história do cinema.
Nos filmes, o personagem atravessou diversas reinterpretações, desde um ser humano com habilidades sobre-humanas até uma figura zumbi. Em Jason X (2001), ele é levado ao espaço, enquanto em Freddy vs. Jason (2003), ele enfrenta outro ícone do terror, Freddy Krueger, em um confronto épico entre franquias.
Filmografia de Jason Voorhees
Abaixo, segue a lista de filmes que compõem a trajetória de Jason Voorhees no cinema:
- Sexta-Feira 13 (1980) – Embora Jason não seja o vilão principal, é onde tudo começa.
- Sexta-Feira 13 – Parte 2 (1981) – Jason assume o papel de assassino.
- Sexta-Feira 13 – Parte 3 (1982) – Jason adota a famosa máscara de hóquei.
- Sexta-Feira 13 – Parte 4: O Capítulo Final (1984) – Anunciado como o fim de Jason.
- Sexta-Feira 13 – Parte 5: Um Novo Começo (1985) – Jason retorna de forma indireta.
- Sexta-Feira 13 – Parte 6: Jason Vive (1986) – O retorno oficial e sobrenatural de Jason.
- Sexta-Feira 13 – Parte 7: A Matança Continua (1988) – Jason enfrenta uma garota com poderes telecinéticos.
- Sexta-Feira 13 – Parte 8: Jason Ataca Nova York (1989) – Jason vai para a cidade grande.
- Jason Vai para o Inferno: A Última Sexta-Feira (1993) – Uma abordagem sobrenatural mais intensa.
- Jason X (2001) – Jason no espaço.
- Freddy vs. Jason (2003) – O embate entre dois dos maiores vilões do terror.
- Sexta-Feira 13 (2009) – Reboot da franquia.
O legado
Jason Voorhees é mais do que um personagem. Ele é uma representação do terror, da vingança e do medo primitivo. Sua máscara, trilha sonora e presença ameaçadora são inconfundíveis e continuam a inspirar novas gerações de fãs de terror. A franquia “Sexta-Feira 13” solidificou-se como um fenômeno cultural que, mesmo após décadas, continua a assombrar a imaginação coletiva.