Antonio Sena, o Toninho, contou que quase se afogou antes de chegar ao local onde estavam os coletores de castanha que o acolheram até o resgate.
36 dias equivalem a aproximadamente 5 semanas ou 864 horas. Esse foi o tempo que o piloto Antonio Sena ficou desaparecido na mata até ser resgatado no sábado (6). Depois de toda a força-tarefa para localizá-lo e realizar o resgate até Santarém, no oeste do Pará, é possível perceber os impactos na fisionomia de Toninho (como é conhecido).
Antonio Sena recebeu alta neste domingo (7) após ficar em observação em um hospital particular da cidade. No corpo, algumas escoriações, mas o que impressiona mesmo é a perda de peso, o cabelo grande e a barba por fazer. O piloto apesar de estar bem, apresenta fraqueza e aparenta estar debilitado.
Antes do acidente, o piloto esbanjava nas redes sociais um tipo físico de quem cuida muito da aparência. Além de treinar em academia, Antonio Sena é adepto de alguns esportes, incluindo o surf.
Nas redes sociais, Antonio Sena compartilhava com os seguidores uma vida social bem movimentada. Tanto que o piloto abriu um estabelecimento voltado para o entretenimento na cidade.
Antonio Sena, de 36 anos, passou caminhado dias no meio da mata densa do município de Almeirim, próximo à divisa do Pará com o Amapá. Ele foi dado como desaparecido desde o dia 28 de janeiro quando decolou de Alenquer, no oeste do Pará, no avião Cessna 210 de prefixo PT-IRJ.
Depois de horas de operação, chegou a Santarém, no oeste do Pará, na tarde deste sábado (6), o piloto que ficou 36 dias desaparecido após decolar de uma pista no município de Alenquer em 28 de janeiro. Antônio Sena teria encontrado coletores de castanha em uma área isolada no município de Almeirim, próximo à divisa com o estado do Amapá, e pediu ajuda.
Devido aos dias dentro da floresta, o piloto apresenta sinais de desidratação, está magro e com alguns ferimentos pelo corpo.
As equipes de buscas conseguiram localizar o piloto após o grupo coletor de castanha acender uma fogueira no meio da floresta na manhã deste sábado. Aeronaves do Governo do Estado fizeram o resgate e o deslocamento para Santarém.
O helicóptero usado na operação ainda parou no município de Prainha para transferir equipe e piloto para outra aeronave. Em vídeo, o piloto acena, sorri e faz um sinal de positivo.
No aeroporto em Santarém, amigos e familiares recepcionaram “Toninho Sena” com festa. Ainda da ambulância, “Toninho” falou com as pessoas que os esperaravam. Na pista, ele também abraçou os irmãos. O piloto foi levado para um hospital particular para receber atendimento médico e passar por exames.
Na porta do hospital, familiares puderam abraçar o piloto e matar um pouco a afliação que perdurou por mais de um mês. Entre lágrimas e sorrisos, palavras de agradecimento a Deus, à equipe e a todas as pessoas que estiveram envolvidas nas operações desde o desaparecimento.
Reaparecimento
As primeiras informações de que Toninho Sena estava vivo, 36 dias após o seu desaparecimento com a aeronave Cessna 210, prefixo PT-IRJ, surgiram na sexta-feira (5), após um telefonema para a mãe dele, Rolene Sena, que mora em Brasília (DF).
Do outro lado da linha a notícia que a mãe mais esperou desde o dia 28 de janeiro: “O seu filho Toninho pediu pra avisar que ele está vivo”.
Sem ouvir a voz do filho pra ter certeza de que ele realmente estava vivo, Rolene avisou os outros filhos (Mariana e Thiago). Thiago falou também por telefone com a pessoa que ligou para mãe dele e pediu que algumas perguntas fossem feitas ao piloto. Com respostas certeiras, como o nome do cachorro dele: Gancho, a família teve certeza da veracidade das informações.
Não demorou para que a boa notícia se espalhasse nas redes sociais, inclusive com vídeos dos irmãos informando que já estavam mobilizando meios para ir até o local informado pelos coletores de castanha, para fazer o resgate de Toninho. Fonte: G1 Santarém, Colaborou Daniele Gambôa, da TV Tapajós.
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