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Home Cultura

A Igreja de Nazaré, em Belém, era para ser diferente

Oswaldo Coimbra por Oswaldo Coimbra
10/10/2025
in Cultura
A Igreja de Nazaré, em Belém, era para ser diferente

A Igreja de Nazaré de Henrique Santa Rosa

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Tinha fachada e torre, na Rua 14 de Março, e, não no Largo de Nazaré, a igreja que foi concluída em 1881, no terreno ao lado da atual Basílica de Nazaré.

Mas, não estava predestinada a permanecer de pé por muitos anos.

Pois, logo surgiu a ideia de reconstruí-la, com muito luxo, como de fato ocorreu.

Este privilégio passou a ser garantido pela abundância de recursos do Pará, oriundos da exportação da borracha da Amazônia. 

Então, para concretizar aquela ideia foi convocado o mais importante engenheiro paraense da História do nosso estado, Henrique Santa Rosa.

Cuja trajetória dentro do campo da Engenharia era brilhante.

Com 25 anos de idade, Santa Rosa já estava formado pela mais prestigiada escola de Engenharia do País, a Escola Politécnica do Rio de Janeiro.

E já atuava como engenheiro-auxiliar da Repartição de Obras Públicas, do Pará.

Naquele momento, aquele órgão público abrigava os profissionais mais respeitados do Estado.

Foram eles que, com o dinheiro da exportação da borracha, ajudaram a retirar Belém de sua antiga condição de acanhada povoação colonial, transformando-a numa das mais belas cidades brasileiras.

Santa Rosa, dentro da repartição pública, logo alçaria o topo da carreira.

Ele iria se manter no cargo de Secretário de Obras Públicas do Pará durante um período de tempo jamais superado por outro dirigente do órgão.  

Vinte e dois anos. 

Durante este período, a lista das obras públicas postas sob sua responsabilidade foi tão grande a ponto de os relatórios sobre elas ocuparem 361 das 1004 páginas da obra “As Obras Públicas do Pará”.

E, os documentos deste massudo livro de Ernesto Cruz cobrem 129 anos de História da nossa Administração Pública.

Uma carreira assim só poderia ter sido sustentada por grandes dosagens de inteligência e saber.

O que, de fato, de Santa Rosa tinha e foi reconhecido em documentos oficiais muito posteriores.

Como, por exemplo, o relatório anual do governador Dionísio Bentes, de 7 de setembro de 1925.

Mas, com Santa Rosa também ocorreu um caso de perfeita harmonia entre as circunstâncias de uma vida pessoal e um momento de exercício de poder político. 

O que ajuda a entender como ele foi preservado no mesmo cargo público, por oito governadores do Pará diferentes, um dos quais – Lauro Sodré – em duas gestões.

As suas circunstâncias foram as seguintes.

Em 1886, quando foi contratado pela repartição pública, Santa Rosa participou da reunião da fundação de um novo clube político, o Republicano do Pará.

Com ele estavam naquela empreitada quatro jovens políticos com os quais ele repartia as tarefas de produção de um o jornal, “A República.

Mais tarde, com os mesmos jovens ele repartiria outra obrigação: as de ocupar cargos nas diretorias do clube.

Estes jovens políticos eram ninguém menos que Justo Chermont, Gentil Bittencourt, Lauro Sodré e Paes de Carvalho.

Os quais, com a Proclamação da República, em 1889, se tornavam governadores do Pará.

E, claro, quiseram contar com a colaboração de Santa Rosa nas construções das obras públicas.

Santa Rosa tinha 30 anos de idade, quando, no dia 24 de junho de 1891, Lauro Sodré deu posse a ele como diretor de Obras Públicas.

Com ele, naquela seção estava outro profissional fulgurante, Victor Maria da Silva.

Que, pouco tempo depois, iria executar a reforma do Teatro da Paz, quando a casa de espetáculo passou a exibir seu atual refinamento.

Hoje, é possível ter um contato direto com Santa através de um texto escrito por ele.

Porque, seu ex-companheiro no Clube Republicano, Lauro Sodré, inseriu-o no relatório sobre seu governo, no ano de 1893.

Trata-se de uma carta dirigida ao próprio governador Lauro Sodré, na qual Santa Rosa, se sente à vontade para usar de sua liberdade de expressão, ao mostrar preocupações com o preparo dos engenheiros da sua repartição pública e com o acesso deles a equipamentos que lhes garantissem bom desempenho profissional.

Escreveu Santa Rosa:

“Por demais lamentável se torna nesta seção a carência de livros técnicos modernos, de modo a só poderem os engenheiros recorrer em seus estudos aos próprios livros de que dispunha cada um.

Felizmente, porém, a autorização que me destes para fazer a aquisição de diversas obras até o valor de4:000$000 réis e que já dei cumprimento, vai sanar parcialmente esta falta, de modo que a seção dispõe atualmente de uma pequena biblioteca já bastante aproveitável.

Outro tanto, porém, não posso eu dizer quanto à falta de instrumentos que continuam a subsistir e que é indispensável superar.

Não possível empreender certos estudos sem que disponha a seção de bússolas, teodolitos, níveis, taqueômetros e outros instrumentos.

Assim, como torna-se sempre vicioso e falso qualquer estudo sobre fundações, sem o exame primordial por meio de aparelhos de sondagem, cuja aquisição não se deve mais adiar”.

Para a construção da nova igreja de Nossa Senhora de Nazaré, Santa Rosa tentou colaborar em 1902.                              

Foi quando ele preparou um projeto para ela.

Naquele momento, estava afastado da sua repartição pública, porque governava o Pará, Augusto Montenegro, um aliado de Antônio Lemos.

Lemos, que fora um antigo companheiro de Lauro Sodré, se tornara um poderoso intendente de Belém.

E passara a combater o grupo político de Sodré, a que pertencia Santa Rosa.

Três anos transcorreram, sem que o projeto de construção da igreja elaborado por Santa Rosa fosse executado.

Em 1905, o arcebispo do Pará, dom Santino Maria Coutinho, tomou a decisão de delegar a tarefa de construção da igreja de Nazaré aos padres barnabitas.

 E, no dia 24 de outubro de 1909, quando houve o lançamento da pedra fundamental, as obras da igreja já estavam sob orientação italianos Gino Coppedé e Giusepe Pedrasso. 

*Oswaldo Coimbra é escritor e jornalista

English translation (tradução para o inglês)

The Church of Nazareth, in Belém, was supposed to be different

The Church of Nazaré, in Belém, could have been different.

It had its façade and tower facing Rua 14 de Março, not Largo de Nazaré. The church was completed in 1881, on the plot of land beside the current Basilica of Nazaré.

However, it was not destined to stand for many years, as the idea soon arose to rebuild it with great luxury — which, in fact, happened.

This privilege became possible thanks to the abundance of resources from Pará, derived from the export of Amazonian rubber.

To bring that idea to life, the most important engineer in the history of Pará, Henrique Santa Rosa, was summoned.

His career in the field of Engineering was a brilliant one.

At just 25 years old, Santa Rosa had graduated from the most prestigious engineering school in Brazil — the Polytechnic School of Rio de Janeiro — and was already working as an assistant engineer at Pará’s Public Works Department.

At that time, this public office housed the state’s most respected professionals.

It was they who, with the wealth from rubber exports, helped transform Belém from a modest colonial settlement into one of the most beautiful cities in Brazil.

Within the department, Santa Rosa quickly rose to the top of his career.

He would remain as Secretary of Public Works of Pará for a period never surpassed by any other official — twenty-two years.

During that time, the list of public works under his responsibility was so extensive that reports about them filled 361 of the 1,004 pages of the book *As Obras Públicas do Pará*.

The documents in this hefty work by Ernesto Cruz cover 129 years of the history of our public administration.

A career like that could only have been sustained by great intelligence and technical mastery — qualities Santa Rosa indeed possessed, as recognized in later official documents.

One such document is the annual report by Governor Dionísio Bentes, dated September 7, 1925.

But Santa Rosa’s longevity in office was also due to a perfect harmony between his personal circumstances and a moment of political alignment, which helps explain how he remained in the same position under eight different governors of Pará — one of them, Lauro Sodré, serving two terms.

Those circumstances were as follows:

In 1886, when he was hired by the Public Works Department, Santa Rosa took part in the founding meeting of a new political club — the Republican Club of Pará.

He shared that endeavor with four young politicians who also worked with him on the production of a newspaper called *A República*.

Later, with these same young men, he would share another responsibility — holding positions on the club’s board of directors.

These young politicians were none other than Justo Chermont, Gentil Bittencourt, Lauro Sodré, and Paes de Carvalho.

With the Proclamation of the Republic in 1889, they all went on to become governors of Pará — and, naturally, they wanted to count on Santa Rosa’s collaboration in the construction of public works.

Santa Rosa was 30 years old when, on June 24, 1891, Lauro Sodré appointed him Director of Public Works.

At that department, he worked alongside another remarkable professional, Victor Maria da Silva, who would later carry out the renovation of the Teatro da Paz, giving the theater the refinement it displays to this day.

Today, it is still possible to have direct contact with Santa Rosa through a text he himself wrote.

His former colleague from the Republican Club, Lauro Sodré, included it in his 1893 government report.

It is a letter addressed to Governor Lauro Sodré, in which Santa Rosa freely expresses his concerns about the training of engineers in his department and their lack of access to proper instruments for their professional performance.

Santa Rosa wrote:

“It is most regrettable that this department suffers from a shortage of modern technical books, so that engineers can only rely on their own personal collections.

Fortunately, however, the authorization you granted me to acquire various works up to the amount of 4:000$000 réis — an authorization I have already carried out — will partially remedy this deficiency, and the department now has a small library already quite useful.

The same, however, cannot be said regarding the lack of instruments, which still persists and must be overcome.

It is impossible to undertake certain studies without compasses, theodolites, levels, tachymeters, and other instruments.

Likewise, any study of foundations is always defective and unreliable without the preliminary examination using sounding devices, whose acquisition should no longer be delayed.”

Santa Rosa tried to contribute to the construction of the new Church of Our Lady of Nazaré in 1902, when he prepared a project for it.

At that time, he was away from the Public Works Department, since the government of Pará was under Augusto Montenegro — an ally of Antônio Lemos.

Lemos, who had once been a political companion of Lauro Sodré, had become a powerful mayor of Belém and began to oppose Sodré’s political group, to which Santa Rosa belonged.

Three years passed without Santa Rosa’s project for the church being executed.

In 1905, the Archbishop of Pará, Dom Santino Maria Coutinho, decided to entrust the construction of the Church of Nazaré to the Barnabite priests.

And on October 24, 1909, when the cornerstone was laid, the works were already under the supervision of the Italian architects Gino Coppedé and Giuseppe Pedrasso.

*Oswaldo Coimbra is a writer and journalist

(Illustration: The Church of Nazaré by Henrique Santa Rosa)

Tags: A igreja de NazaréDestaqueem Belémera para ser diferente
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Oswaldo Coimbra é escritor, jornalista e pesquisador.

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