Uma manifestação feita pelos grevistas da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) interditou na manhã de ontem (23) a Avenida Almirante Barroso com a Dr Freitas, em frente a sede do governo do Estado, no bairro do Marco, em Belém. O ato foi liderado pelo Sindicato dos Urbanitários do Pará e marcou 50 dias de greve.
Segundo o sindicato, os grevistas reivindicam reposição salarial de 12,47% (inflação de maio de 2021 a abril de 2022 – INPC/IBGE), referente à data-base dos trabalhadores da Cosanpa, que ocorre em maio.
A manifestação, além de alertar a população para a situação crítica que os urbanitários da Consapa estão passando, com salários defasados, teve como objetivo também chamar o governador Helder Barbalho (MDB) para negociar com a categoria.
“O governador Helder Barbalho precisa negociar, dialogar com os trabalhadores, via sindicato, mas ele se recusa, se mantém intransigente”, aponta um sindicalista que não será identificado para não sofrer retaliações.
Também nesta manhã de terça-feira, o Sindicato dos Urbanitários realizou assembleia com os grevistas em frente à Casa Civil do governo do Estado, na avenida Dr Freitas esquina com a Rômulo Maiorana, em Belém.
No último dia 17 de agosto, de acordo com os manifestantes, devido à pressão da interdição da avenida Dr Freitas pelos grevistas, o chefe da Casa Civil, Luiziel Guedes, chamou os dirigentes sindicais para uma reunião. Também participaram da reunião a diretora de Gestão da Cosanpa, Fernanda Paes, o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer e o ouvidor do Estado, Arthur Souza.
Na ocasião, o sindicato apresentou as reivindicações de reposição salarial e nas demais cláusulas econômicas e o governo ficou de dar uma resposta, mas até a manhã de segunda-feira, 22, nada foi dito. “A greve segue, completa 50 dias nesta terça e será intensificada esta semana”, avisa o sindicato.
“O governador Helder Barbalho precisa deixar a intransigência de lado, dialogar com os trabalhadores, através do Sindicato dos Urbanitários e fazer a reposição salarial dos trabalhadores e trabalhadoras, a exemplo do que fez com os bancários do Banpará”, completa uma liderança sindical..