Agropalma em rolo
Você conhece ou já ouviu falar no banqueiro Aloysio de Andrade Faria, hoje com 99 anos? Pois saiba que ele é um dos homens mais ricos do Brasil, dono do Banco Alfa e de várias empresas, incluindo a Agropalma. Isso mesmo, a empresa exportadora de óleo de palma que é acusada pelo Ministério Público do Pará de fraudes e grilagem de 106 mil hectares de terras em nosso estado.
Podre de rico
A fortuna de Aloysio Faria passa de R$ 9 bilhões. Em matéria do último dia 4, do jornal “O Estado de São Paulo”, ele é chamado de “banqueiro invisível”. A reportagem diz ainda que, apesar da idade, o velhinho perto de completar 100 anos em novembro controla seu império financeiro “com mãos de ferro”. O jornal arremata que ele adora cavalos árabes e, embora recluso para não pegar a Covid-19, em sua fazenda em Jaguariúna (MG), “tem a última palavra” sobre o que acontece em suas dezenas de empresas.
Fraudando a fraude
Se o banqueiro sabe realmente o que rola nas empresas dele, deve saber das inúmeras decisões judiciais que fecharam o cerco contra a Agropalma no Pará, apesar de alguns agentes públicos, hoje sob a mira da Polícia Federal, tudo fazerem para legalizar as terras, inclusive fraudando a própria fraude com papéis que não valem absolutamente nada. Até áreas esquentadas em cartório “fantasma” entraram do cardápio de “jeitinho” desses servidores públicos.
Genro na Justiça
Problemas graves no Pará, problemas mais graves ainda na família. Carlos Aviz Nascimento, genro do banqueiro, está numa briga judicial de foice contra o sogro centenário. O caso rola no fórum de São Paulo. Nascimento, demitido pelo sogro, quer metade da fortuna do velhinho. Alega ter construído parte do império de Faria, como os Hotéis Transamérica e a própria Agropalma.
Advogados de peso
Embora Aloysio tenha vencido algumas etapas do processo contra o genro, a briga entre eles parece longe do final. Advogados mais caros do país estão na parada. O de Nascimento é Modesto Carvalhosa, defensor de várias personalidades enroladas na Lava Jato. Por sua vez, o advogado de Aloysio Faria é Sérgio Bermudez, com clientes nos processos do Mensalão e Petrolão.
O drama de Úrsula
Pré-candidata à prefeitura de Belém, a secretária estadual de Cultura, Úrsula Vidal, não conseguiu segurar a ansiedade diante de informações de que estaria fora da eleição. Ela fez uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre prazo de desincompatibilização. Juristas com atuação em eleições, porém, garantem não haver dúvida de que Úrsula perdeu o prazo para deixar a Secult.
Solução à esquerda
Enquanto não chega a manifestação do TSE sobre a situação de Úrsula, quem vai colhendo apoios à esquerda é o deputado Edmilson Rodrigues (Psol). Ele já obteve o aval do PT e do PDT. Os petistas indicam na chapa, como vice, a ex-vereadora Ivanise Gasparim. O namoro com o PC do B prossegue. Os comunistas, contudo, ainda vacilam se decidem logo entrar na frente esquerdista ou aguardam o sopro dos ventos do governo Helder.
Governador enigmático
Por falar no governador, Helder anda enigmático sobre quem irá apoiar na sucessão de Zenaldo Coutinho. O deputado José Priante seria a bola da vez no MDB. Ele se diz pronto para entrar na disputa, mas não será candidato dele mesmo. Se o partido demorar nessa indefinição, diz um emedebista encastelado no Palácio do Governo, corre o risco de ver a banda eleitoral passar.
Ser ou não ser
Orlando Reis, que é vice de Zenaldo, assinou a ficha do MDB em abril, calçou as chuteiras, mas não recebe sinal de aquecimento. Ora fica no banco, ora vai para a beira do gramado. Se emplacar como candidato de Helder, o vice viverá uma situação inusitada. Será oposição, mesmo estando na situação em Belém, já que poderá concorrer sem se desincompatibilizar do cargo de vice-prefeito.
Arranca rabo
A divulgação com exclusividade, pelo Ver-o-Fato, da ação movida pelo Banco do Brasil contra a funcionária Rosalina Amorim, que também é diretora da Previ e faz parte da atual diretoria do Sindicato dos Bancários do Pará, apimentou a rivalidade entre a atual diretoria e os opositores. A própria Rosalina, em nota, diz que a denúncia contra ela tem conotação política. Não se sabe se aqui ou em Brasília.
Charles em debate
O presidente da Fenafisco, Charles Alcantara, participa amanhã (14), às 11h, do webinar “Onda de Litígio por Justiça Fiscal – Oportunidades para América Latina”. A inciativa, promovida pelo projeto Princípios de Direitos Humanos em Política Fiscal, contará também com a participação de Herácio Corti, defensor geral de Buenos Aires, Alejandro Jiménez Ospina, pesquisador na área de Lítigio em Dejusticia, Eloísa Machado, do Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (CADHu), Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil e Alejandro Rodríguez, pesquisador principal em Dejusticia. A transmissão será realizada pelo Facebook https://bit.ly/3emNgxK.
Direita quer PMB
O delegado da Polícia Federal Everaldo Eguchi, pré-candidato à prefeitura de Belém pelo Patriotas, promete fazer a diferença durante a campanha eleitoral. Tem dito que vai tirar a máscara de muitos candidatos, inclusive de alguns que se dizem oposição. A deputada Heloisa Guimarães (DEM) poderá ser a vice de Eguchi. Já ocorreu reunião no DEM com a presença do delegado, mas nada ainda foi decidido.
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