Xavier x Guedes: há 30 anos não havia eleição na Faepa; na quarta, 13, haverá |
A juíza Érika Vasconcelos de Lima Dacier Lobato, titular da 4ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), concedeu tutela antecipada à chapa “Nova Faepa”, cujo candidato a presidente é o pecuarista Luciano Guedes, determinando sua inscrição na eleição que será realizada na próxima quarta-feira, dia 13.
A chapa de Guedes havia sido impugnada pelos integrantes da chapa da situação, encabeçada por Carlos Xavier, há 30 anos no cargo de presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).
Segundo a decisão judicial, a direção da Faepa deve publicar até amanhã, 11, no Diário Oficial do Estado (DOE) a inscrição da “Nova Faepa” no pleito. Se isso não for feito, a entidade terá de pagar multa de R$ 350 mil por dia.
É a primeira vez que haverá eleição na entidade nessas três décadas de existência da Faepa. Xavier foi reeleito sucessivas vezes por aclamação, uma vez que não havia oposição à gestão dele, acusada hoje por Guedes de tentar se perpetuar no poder e praticar uma série de irregularidades investigadas pelo Ministério Público.
Xavier rebate as acusações, desafiou opositores a enfrentá-lo nas urnas, mas quando esse momento chegou, a Comissão Eleitoral, responsável pelo pleito e cuja maioria dos integrantes é acusada de ser manipulada por ele, tentou impedir a inscrição da chapa “Nova Faepa”, alegando que havia irregularidade na documentação do candidato à diretoria, Herbert Guimarães Lima da Silva.
Ao analisar as razões que deram origem ao indeferimento da chapa de Guedes, a juíza argumenta que o presidente da chapa opositora deveria ter sido notificado sobre as razões da impugnação de Herbert Guimarães Silva e, em vista disso, de toda a chapa.
Além disso, salienta, o artigo 92, parágrafo único do mesmo estatuto, diz que ” a chapa de que fizerem parte candidatos impugnados poderão substituí-los até três dias das eleições, habilitando-se assim a concorrer ao pleito”.
O advogado Clidean Chaves, assessor jurídico da oposição, disse que a documentação que dava regularidade ao integrante da chapa Herbert Guimarães Silva “sumiu” dentro da Faepa.
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