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A artista transsexual Leona Vingativa é
destaque de um projeto nacional de arte contemporânea. Os vídeos de
humor publicados na internet pela paraense compõem o projeto
“Metafluxus”, lançado este mês em São Paulo. Ainda criança, aos oito anos, ela criou sua personagem que virou hit na
internet. Leona é uma assassina fria e vingativa, que tenta fugir de
táxi para Paris após cometer maldades.
destaque de um projeto nacional de arte contemporânea. Os vídeos de
humor publicados na internet pela paraense compõem o projeto
“Metafluxus”, lançado este mês em São Paulo. Ainda criança, aos oito anos, ela criou sua personagem que virou hit na
internet. Leona é uma assassina fria e vingativa, que tenta fugir de
táxi para Paris após cometer maldades.
Sucesso na internet, a personagem chamou a atenção do curador Rodrigo
Maltez Novaes, responsável pela edição 2017 do catálogo do
Sesc_VideoBrasil, que traz na capa uma imagem do vídeo de “Frescáh No Círio”.
O clipe, lançado em outubro de 2015, ultrapassou 900 mil visualizações.
No catálogo, a curadoria relaciona os vídeos de Leona à obra do
filósofo tcheco Vilém Flusser.
“A obra (da Leona) foi incluída para dialogar com todo o conteúdo e não
uma caricatura ou como ‘objeto’ de estudo de outro colaborador”,
destaca o curador.
Moradora do Jurunas, periferia de Belém conhecida por ser berço de
talentos da cultura popular como Gaby Amarantos e a escola de samba
Rancho Não Posso Me Amofiná, Leona tem uma trajetória inusitada. Os primeiros vídeos da série sobre a vilã foram filmados com um celular
de forma improvisada, sem roteiro.
Anos mais tarde e com uma produção
mais caprichada, Leona começou a gravar paródias de músicas, tornando-se
ainda mais popular, e fez aparições em diversos programas de televisão
pelo Brasil.
mais caprichada, Leona começou a gravar paródias de músicas, tornando-se
ainda mais popular, e fez aparições em diversos programas de televisão
pelo Brasil.
Por toda essa inventividade em meio à precariedade de recursos técnicos
para a produção, o curador defende que Leona ficou famosa graças ao
contexto de comunicação atual, no qual tecnologia e os canais de acesso e
distribuição causam uma “revolução cultural”, prevista pelo filófoso
Vilém Flusser na década de 1960.
Para Rodrigo Novaes, os vídeos de Leona são conceituais e muito se
relacionam à obra de Flusser. “A maneira como o trabalho dela foi
produzido e colocado na rede através de plataformas de vídeo ilustra
muito bem a lógica operacional dos meios digitais”.
‘Conhecidíssima’
Para Leona, participar do projeto de arte contemporânea “foi uma honra”. Em entrevista exclusiva ao G1,
ela comentou que “é uma coisa bela estar sendo cada vez mais
conhecidíssima como a noite de Paris”. “Foi tudo! Ficou um projeto
maravilhoso que é mais um resultado da fé, mais uma graça de Deus”,
afirma.
ela comentou que “é uma coisa bela estar sendo cada vez mais
conhecidíssima como a noite de Paris”. “Foi tudo! Ficou um projeto
maravilhoso que é mais um resultado da fé, mais uma graça de Deus”,
afirma.
Os vídeos de Leona já somam milhões de visualizações
em seu canal na internet. O sucesso, segundo ela, vem do bom humor e da
vontade de levar alegria para as pessoas. Leona diz que o mundo precisa
muito de riso, de amor e de paz.
em seu canal na internet. O sucesso, segundo ela, vem do bom humor e da
vontade de levar alegria para as pessoas. Leona diz que o mundo precisa
muito de riso, de amor e de paz.
“Pra mim é um grande orgulho ser essa celebridade trans paraense e
mostrar as riquezas do nosso Pará. Só tenho a agradecer aos internautas
que venham aí (sic) me seguindo nas redes sociais desde que eu era erecazinha
[gíria para menina], e o povo vê que a gente não chegou lá no alto de
qualquer maneira, foi com muita luta, muitos vídeos, com elogios e
críticas”.
Força da periferia
Além da participação do catálogo, Leona comemora o lançamento de mais
um clipe, realizado em parceria com a cineasta paraense Priscilla
Brasil, diretora dos documentários “As Filhas da Chiquita” e “Serra
Pelada – Esperança não é Sonho”.
O vídeo “Não Pode Esquecer o Guanto” faz paródia de “No Meio do Pitiú”, de Dona Onete.
As imagens foram gravadas no centro comercial de Belém. O trabalho
viralizou nas redes sociais e ultrapassou de 95 mil visualizações após
duas semanas no ar.
As imagens foram gravadas no centro comercial de Belém. O trabalho
viralizou nas redes sociais e ultrapassou de 95 mil visualizações após
duas semanas no ar.
Para Priscilla Brasil, Leona representa a resistência da periferia e a
necessidade de expressar “aquilo que é diferente, misturando com a
realidade que vive”.
“A Leona é do Jurunas, um bairro que pulsa, com características muito
próprias.
Ela é uma performer com potencial incrível. Pra gravar é só
deixar as coisas irem acontecendo, porque o talento dela é
indiscutível”, comentou a cineasta.
deixar as coisas irem acontecendo, porque o talento dela é
indiscutível”, comentou a cineasta.
“Eu recebi várias
mensagens do povo me perguntando: ‘ê, Leona, o que é ‘guanto’?. Bom,
gente, ‘guanto’ é camisinha. Vamos se prevenir que doenças tem horrores,
meu amor! (sic)”.
mensagens do povo me perguntando: ‘ê, Leona, o que é ‘guanto’?. Bom,
gente, ‘guanto’ é camisinha. Vamos se prevenir que doenças tem horrores,
meu amor! (sic)”.
O vídeo, segundo a performer, também é uma homenagem
aos feirantes do Mercado do Ver-o-Peso. “Eu admiro muito essas pessoas
que se acordam quatro, cinco horas da manhã com aquele sorrisão no
rosto, com um belo bom humor, gente isso pra mim é uma coisa bela. Com
aquela alegria disponível participaram do nosso vídeo, brincaram com a
gente… Todos nós precisamos disso!”, finalizou. Fonte: G1 Pará.
aos feirantes do Mercado do Ver-o-Peso. “Eu admiro muito essas pessoas
que se acordam quatro, cinco horas da manhã com aquele sorrisão no
rosto, com um belo bom humor, gente isso pra mim é uma coisa bela. Com
aquela alegria disponível participaram do nosso vídeo, brincaram com a
gente… Todos nós precisamos disso!”, finalizou. Fonte: G1 Pará.
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