Os engenheiros do Basa tiveram salários descontados por conta da greve |
O mais interessante, dizem os sindicalistas, é que na pressa de punir, o banco descontou salário de todos os engenheiros do Pará, inclusive dos que, por atuarem em serviços essenciais, estavam trabalhando durante a greve. É a primeira vez que isso ocorre no Banco da Amazônia, pois sequer a Comissão de Negociação, dirigida pelo gerente executivo virtual da Gesop, Francisco Moura, comunicou o fato em mesa e não buscou uma solução no diálogo com as entidades. Nesse processo, a mesa de negociação foi solenemente ignorada.
Os engenheiros do Basa, diante da ameaça que receberam do banco, procuraram o Sindicato dos Bancários do Pará, filiado à CUT, para que este, por ser o sindicato que deflagrou a greve, pudesse atuar junto ao judiciário para garantir o direito de greve dos engenheiros, mas a diretoria do Seeb–Pa, “sempre alinhada com o governo, lavou as mãos, abandonou seus filiados, esqueceu a solidariedade sindical e, com isso, deixou os engenheiros do Basa sem nenhuma medida de proteção”, denunciam.
O Sindicato dos Engenheiros está trabalhando para reverter juridicamente a situação. A Aeba, entidade dos empregados do banco, em nota, se solidarizou com os engenheiros do Pará em sua luta pelo piso salarial, e diz que estará sempre ao seu lado, “como também ao lado de todos os demais empregados do Banco na luta por dignidade e reconhecimento e, nesse caso, na luta pelo direito à liberdade de greve e organização. Isso é uma questão de princípio edeveria ser levado em consideração por qualquer sindicato”.
De acordo com a nota, enviada ao Ver-o-Fato, sempre que um trabalhador está sendo ameaçado e assediado, “nosso dever é ajudar e não o de colocar as politicagens na frente”. A Aeba lamenta que a diretoria do Basa tenha tomado esta atitude, mas, de certa forma, para ela, isso não é surpresa, “dada a truculência de sempre com a qual atua a diretoria”. E pede solidariedade com os engenheiros.
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