No vídeo (acima), o pescador faz um desabafo. Na foto, a Apovo na audiência pública |
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Os pescadores e ribeirinhos da região de Tucuruí, onde se localiza a maior hidrelétrica do país genuinamente nacional, estão apreensivos com os preparativos para começo das obras que permitirão a navegabilidade do rio Tocantins, num trecho de 560 quilômetros entre Marabá e o porto de Vila do Conde, em Barcarena.
As obras, tão aguardadas há décadas, começam a entrar na fase de audiências públicas. Mas a pergunta é: será que essas vozes de preocupação serão ouvidas? As audiências começaram. Cheias de explicações técnicas. A Apovo, entidade da região, cobra explicações sobre como ficarão as famílias durante as obras e depois delas.
É óbvio que obras como o derrocamento do chamado Pedral do Lourenço, que abrirão a navegação num trecho de 35 quilômetros do rio entre os distritos de Santa Terezinha do Tauiri e a Ilha do Bogéa, nos limites do município de Itupiranga, são fundamentais para a economia paraense e do próprio país.
Mas é preciso observar alguns detalhes sociais e ambientais para que as comunidades que dependem do rio para sobreviver não sejam irremediavelmente prejudicadas. Ignorar os impactos das explosões e a poluição que isso irá causar é condenar milhares de famílias ao desamparo.
Necessário se faz não apenas falar de compensações pelos danos que serão provocados, mas dizer claramente o quê e como será feito. Os peixes e seu ciclo de reprodução, além da fauna silvestre, como serão afetados?
Antônio Valentino de Souza, conhecido por “Duda”, diz ( no vídeo acima) que a as explosões no rio Tocantins para a retirada das rochas e permitir a passagem de navios e barcaças com minérios e grãos vão “acabar com tudo”. Ele se refere à pesca, da qual milhares de famílias na região sobrevivem.
O que dizem os responsáveis pela obra?
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