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Em 2012, 2013 e 2014, essas meninas foram tricampeãs pela Tuna Luso |
Em 2015, as mesmas jogadoras foram campeãs pelo Pinheirense. Agora, elas são do Paysandu |
As garotas da Esmac deverão vestir a camisa do Remo. Antes, agora em janeiro, jogarão o Brasileiro pelo Pinheirense. |
O blog Ver-o-Fato anuncia um furo jornalístico, mas pede que os jornalistas esportivos de Belém que lerem essa notícia e quiserem reproduzí-la em seus veículos de comunicação dêem o crédito da informação. O Paysandu terá a volta do futebol feminino em 2016, o que deve aumentar ainda mais a frequência das mulheres em jogos do clube e no programa Sócio-Torcedor. O Papão receberá um time inteiro, já montado, que é tetracampeão paraense desde 2012 – três vezes pela Tuna Luso, e uma vez pelo Pinheirense.
Já o Remo, absorverá a equipe da Escola Superior Madre Celeste (Esmac), vice-campeã de 2015. A dúvida é se o clube oriundo dessa fusão se chamará Esmac/Remo ou simplesmente Remo. As conversações já foram iniciadas entre os dois clubes. A Esmac, embora não tenha ainda conquistado nenhum título nos últimos anos, é o clube feminino melhor estruturado da região metropolitana de Belém.
O coronel Antonio Carlos Nunes, hoje o manda-chuva do futebol brasileiro, pois é vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com a possibilidade de assumir a presidência – caso Marco Polo del Nero seja afastado – é entusiasta do futebol feminino e é quem tem dado força para que os dois gigantes do futebol nortista invistam no setor, prometendo inclusive ajuda a Remo e Paysandu. Nunes defende a ideia de interiorização do campeonato, como ocorre com o futebol dos homens.
O investimento no futebol feminino do Pará, que tem tudo para atrair patrocinadores, deveria ser espontâneo, por iniciativa de nossos maiores clubes, e não obrigatório. Segundo a Medida Provisória 671, assinada pela presidente da República, Dilma Rousseff, clubes devedores são obrigados a investir no futebol feminino como contrapartida pelo reparcelamento de dívidas com o governo. O Papão já entrou no programa, mas o Remo, ainda negocia sua entrada.
Nos anos 80, Remo e Paysandu tiveram boas equipes de futebol feminino, ganhando títulos. A rivalidade entre as meninas, dentro de campo, era igual ou maior que entre os homens. Como as diretorias dos dois gigantes eram praticamente amadoras, não planejavam seus custos, nem valorizavam a força da mulher no mercado do futebol de campo, a competição entrou em decadência até que os clubes extinguissem seus departamentos de futebol feminino.
O detetive Bastos, com o seu Independente Futebol Clube, ainda insistiu com o futebol feminino, obtendo reconhecimento nacional, inclusive com vitória do clube paraense dentro do estádio de São Januário, sobre o Vasco da Gama. Agora se espera que a coisa engrene de vez. O futebol feminino veio para ficar e a CBF, do coronel Nunes, hoje já tem até seleção permanente.
Se Remo e Paysandu souberem investir, terão bons resultados. E poderão revelar valores para a Seleção Brasileira e para o mercado do futebol nacional e internacional. As duas torcidas, com certeza, vão apoiar.
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