O museu que conta a vida de Sila Conceição será inaugurado neste domingo |
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A história de Sila da Conceição é conhecida nacionalmente. Já foi contada em sua biografia Danem-se os normais (2014), de João Estrella de Bettencourt e Mariana Torres; no documentário “Pega Ladrão!” (2018), de Otávio Escobar; na imprensa escrita e em programas de entrevistas na televisão.
Sila nasceu em Belém – completará 68 anos exatamente no dia da inauguração de seu memorial –, foi menino de rua, batedor de carteira, peixeiro no Ver-o-Peso, motorista de táxi e, depois de uma trajetória de 40 anos na iniciativa privada, tornou-se um empreendedor reconhecido nos segmentos de veículos, transportes de passageiros, construção civil e imobiliário.
Para mostrar tudo isso, no próximo domingo, 16, uma solenidade seguida de jantar para 150 pessoas marcará a inauguração do Memorial Sila, em Belém. É um espaço museográfico privado dedicado à preservação da memória e da história do empreendedor paraense Sila da Conceição, que atualmente vive entre o Brasil e os Estados Unidos. O início está marcado para as 19h30.
Segundo a assessoria de comunicação do grupo Sila Investments, em Belém, o Memorial Sila está instalado na rua Alferes Costa, no bairro da Sacramenta, numa construção de 500 metros quadrados onde o empreendedor abriu sua primeira loja de veículos há cerca de 40 anos. O projeto tem a assinatura dos arquitetos Caio Fernandes e Matheus Vieira, do ateliê Aucubo, em parceria com a historiadora Rosa Arraes.
Juntos, eles também são autores, co-autores e consultores de projetos como o Memorial da Fundação Carlos Gomes, o memorial da Assembleia Paraense, o Museu de Marabá e o Memorial do Carimbó no município de Marapanim, dentre outros. “Trabalhamos nesse projeto mais de um ano, foi um desafio para nós, e temos certeza que se trata de mais um belo espaço museográfico para a nossa cidade”, observa Matheus Vieira.
O Memorial Sila, segundo seus projetistas, é um espaço moderno, isto é, orienta-se por um conceito contemporâneo de memória. “Essa é a minha primeira experiência com um projeto de memória na área privada. Trata-se de um memorial autoexplicativo. Nele, você poderá acompanhar a trajetória do Sila assistindo a trechos do documentário sobre sua vida, a partir de fotografias que ilustram a sua linha do tempo e também de objetos que de uma forma ou de outra ele usou em diferentes momentos.
Lá também estão disponíveis as entrevistas que ele deu na televisão. Procuramos valorizar graficamente, também, algumas frases que traduzem o pensamento e a visão de mundo do Sila. E todos esses recursos, em todas essas linguagens, compõem um acervo documental que, a partir de agora, ficará aberto para visitação pública”, diz a autora do projeto.
Sila da Conceição confessa-se em estado de graça com o reconhecimento que vem recebendo ainda em vida. “Veja bem: esse memorial não é para me glorificar, para exaltar a minha pessoa. Aqui está sendo contada uma história de vida, a minha, que não foi fácil, como todo mundo sabe, e que eu espero que inspire muitas outras histórias de superação. O meu desejo é que os jovens, principalmente, saibam tirar bom proveito das experiências que a gente tem pra contar”, conclui.
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