Já a caminho de emplacar 20 anos no poder, os governos do PSDB no Pará começam a dar sinais de esgotamento junto ao eleitorado. Que o diga o governador Simão Jatene, que segundo pesquisa do Ibope Inteligência divulgada é o oitavo pior governador do país avaliado na capital do estado que governa.
Jatene, em Belém, tem 38%, na avaliação negativa do eleitorado, entre ruim e péssimo, enquanto na avaliação positiva, entre ótima e boa, aparece com apenas 17%. O resultado é péssimo para o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, que também enfrenta uma rejeição de 40%, e de 73% de desaprovação de governo, segundo revelou pesquisa do Ibope, no final de agosto passado, encomendada pela TV Liberal.
Jatene tem aparecido e ainda deve aparecer muito mais ao lado de Zenaldo até o final da campanha. Ele está prestes a gravar um depoimento em favor do prefeito, para ser veiculado no horário eleitoral gratuito do TRE.
Trocando em miúdos: o governador pedir voto para o prefeito fará Zenaldo subir nas pesquisas ou dar adeus ao segundo mandato?
A campeã de rejeição é a governadora de Roraima, Suely Campos. Os outros seis governadores mais rejeitados, na frente de Jatene, pela ordem, são os seguintes: Waldez Góes, do Amapá; Marcelo Miranda, do Tocantins; José Ivo Sartori, do Rio Grande do Sul; José Melo de Oliveira, do Amazonas; Beto Richa, do Paraná, e Francisco Dorneles, do Rio de Janeiro
Os melhores
De acordo com o Ibope, o governador melhor avaliado pela população de todos os estados é Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba. Ele é seguido por Reinando Azambuja, do Mato Grosso do Sul; Pedro Taques, do Mato Grosso; e Rui Costa, da Bahia.
Ruim na capital
As eleições neste ano são para prefeito, mas são os governadores que estão mais mal avaliados, diz o Ibope. Em 16 dos 26 estados, os governadores ouvidos pelo Ibope tiveram avaliação negativa nas capitais de seus estados. Na média, os governadores têm 34% de ruim/péssimo e 24% de ótimo/bom, o que resulta em um saldo negativo de 10 pontos.
Em 2012, o cenário era o oposto. No mesmo momento da campanha eleitoral, o saldo médio de popularidade dos governadores nas capitais era 20 pontos positivo: 41% de ótimo/bom contra 21% de ruim/péssimo. Naquela época, apenas seis governadores eram impopulares nas capitais, enquanto 18 tinham saldo positivo de 10 pontos ou mais.
Em relação aos prefeitos, o desgaste também aconteceu nesse mesmo período, mas em menor escala. Na média, os prefeitos das capitais têm cinco pontos a menos de ótimo/bom do que há quatro anos.
De lá para cá, os 34% de avaliações positivas viraram 29%. Os 32% de ruim/péssimo viraram 31%. O saldo, portanto, oscilou apenas três pontos, enquanto o dos governadores variou 30, diferença dez vezes maior.
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