E o senador Jader Barbalho (PMDB), hein? O homem está com a macaca, tiririca da vida, soltando fogo pelas narinas. Em pronunciamento no Senado, dia 27, ele distribuiu afagos e disparou tiros de canhão. As delações da Lava Jato entraram na linha de tiro do senador: “li, de um procurador da Lava Jato, e fiquei assustado com o que li no
domingo, na Folha de S.Paulo, página 3: que delação premiada pode
ser feita por um bandido, por um patife, por um ladrão de dinheiro
público, como esse pessoal da JBS ou JBF, seja lá o que for. Ele cantou a pedra, precisava que o Supremo confirmasse, e o
Supremo confirmou”. Jader disse que a delação pode ser “a mais falsa, a mais calhorda, a
mais vagabunda, mas tem de ser aceita. Negociada pelo procurador, pela
Procuradoria, deve ser aceita. Depois, no final, o juiz confirma ou não.
Isso é vagabundagem jurídica, isso é vagabundagem política” Enquanto isso, acrescenta, no Senado se discute “quem está mais frágil”. Na opinião dele, quem está mais frágil é a democracia
neste País. Os afagos foram para o ex-presidente Lula e para o tucano Aécio Neves. Para Lula, cuja sentença do juiz Sérgio Moro está prestes a sair, Jader foi taxativo: “querem impor uma prisão ao
ex-presidente Lula. Isso é vagabundagem jurídica” Segundo o peemedebista paraense, o motivo da prisão seria o “Minha
Casa, Minha Vida”, pelo fato de Lula estar “trepado num prédio lá, em Guarujá” – leia-se triplex. Para Jader, está tudo pronto
“para tirar” o presidente Lula da sucessão presidencial. E ataca: “quer dizer, a
política neste País não é mais decidida por quem tem voto. É por quem percorreu aqui os gabinetes, pedindo
para ser ministro do Supremo, e conseguiu ser ministro do Supremo. Fosse
candidato a vereador, talvez não tivesse um voto sequer”. O senador aconselhou primeiro o PSDB e o próprio PMDB a não festejarem uma possível condenação
do presidente Lula. Para Jader, “será uma violência inominável de quem não tem um
voto popular querer retirar da vida pública um homem com a carreira e
com o prestígio do ex-presidente da República. Não, nós não podemos
festejar isso. Eu não posso festejar que se liquide, sem o direito de
defesa, o meu companheiro de Senado Aécio Neves. De jeito nenhum”, esbravejou. Em outro trecho de seu inflamado pronunciamento, disparou sua metralhadora em direção ao Judiciário, afirmando que o Senado “abriu um perigoso precedente quando se autorizou a prisão do ex-senador Delcídio do Amaral. “Não podia o Supremo Tribunal Federal
decretar a prisão de um Parlamentar, de um Congressista, que não fosse
em flagrante – e não havia flagrante. E o Senado se quedou, o Senado se
curvou. O senador Aécio – e não entro também no mérito – não podia estar
afastado. O Supremo Tribunal Federal não tem autoridade constitucional
para afastar congressista”. Isso tudo está ocorrendo, vocifera Jader, porque hoje se assiste no Brasil à “ditadura do Poder Judiciário”. Jader não é vidente, nem precisa, mas sabe o que vem por aí. Daí o esperneio. Ele falava olhando para Renan Calheiros, Romero Jucá e para o presidente do Senado, Eunício Oliveira. Todos, como o próprio Jader, enrolados na Lava Jato. Veja a íntegra do vídeo. Há mais coisas ditas por Jader:
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