A morte do menor de 14 anos, João Paulo de Lima, ocorrida no dia 12 de agosto passado, começa a sofrer uma reviravolta. Segundo análises técnicas feitas pelo perito criminal, Paulo
Ozela, do “Centro de Perícias Criminais Renato Chaves”, o tiro que matou
João Paulo foi efetuado para cima, resvalou no tronco de uma árvore e em seguida atingiu o garoto na cabeça. O caso, ocorrido em Gurupá, parou a cidade, após a morte do menor, e mobilizou parte da população, que furiosa invadiu a propriedade do pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi, o francês Jean Marie Etienne Xavier
Royer, destruiu, saqueou e em seguida incendiou a residência.
Ozela, do “Centro de Perícias Criminais Renato Chaves”, o tiro que matou
João Paulo foi efetuado para cima, resvalou no tronco de uma árvore e em seguida atingiu o garoto na cabeça. O caso, ocorrido em Gurupá, parou a cidade, após a morte do menor, e mobilizou parte da população, que furiosa invadiu a propriedade do pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi, o francês Jean Marie Etienne Xavier
Royer, destruiu, saqueou e em seguida incendiou a residência.
O acusado teve que sair da cidade escoltado pela polícia, para não ser linchado, e responde ao inquérito em liberdade, enquadrado como autor de homicídio qualificado, modalidade em que há a intenção de matar. O garoto, juntamente com amigos, teria invadido a propriedade do frânces, onde ele residia com sua família, para, segundo os menores, pegar frutas.
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Mas Jean Marie – cuja propriedade já havia sofrido invasões, ameaças, furtos e um assalto, quando a mulher dele, Benedita, foi espancada por desconhecidos, sofrendo grave concussão por violentas coronhadas que a deixaram com sequelas e problemas neurológicos – pegou uma espingarda e atirou. Ele alega que deu o tiro para o alto, para afugentar os invasores.
Segundo informações divulgadas pelo site Tribuna do Marajó, que ouviu Paulo Ozela e obteve fotos da perícia, a análise científica revela que “é possível calcular a
trajetória dos projeteis de formato esférico, de aproximadamente 6
milímetros, disparados com uma arma de calibre 12, através de marcas
deixadas no alto de uma das árvores próximas ao local do crime”.
trajetória dos projeteis de formato esférico, de aproximadamente 6
milímetros, disparados com uma arma de calibre 12, através de marcas
deixadas no alto de uma das árvores próximas ao local do crime”.
A
perícia trabalha com as hipóteses de que uma das esferas resvalou no
tronco da árvore, e em seguida atingiu a cabeça de João Paulo. A outra é
de que ele estaria no meio da trajetória do tiro, e um dos projeteis o
atingiu diretamente, mas para isso, a vítima teria que ter subido no
cercado, apoiando-se em uma das estacas que sustentam a estrutura de
arame farpado, ação também tida como provável.
perícia trabalha com as hipóteses de que uma das esferas resvalou no
tronco da árvore, e em seguida atingiu a cabeça de João Paulo. A outra é
de que ele estaria no meio da trajetória do tiro, e um dos projeteis o
atingiu diretamente, mas para isso, a vítima teria que ter subido no
cercado, apoiando-se em uma das estacas que sustentam a estrutura de
arame farpado, ação também tida como provável.
O delegado do município de Gurupá, Geraldo Borges
Pimenta Neto, responsável pelo inquérito, informou que o trabalho de perícia criminal atende ao pedido do
Ministério Público, feito pelo promotor David Terceiro Nunes Pinheiro,
que ainda pede a realização do exame necroscópico no corpo vítima. Nesse caso, o corpo deverá ser exumado. O francês, que responde em liberdade pelos crimes
de homicídio doloso qualificado, e porte ilegal de arma, será ouvido
novamente pela polícia.
Pimenta Neto, responsável pelo inquérito, informou que o trabalho de perícia criminal atende ao pedido do
Ministério Público, feito pelo promotor David Terceiro Nunes Pinheiro,
que ainda pede a realização do exame necroscópico no corpo vítima. Nesse caso, o corpo deverá ser exumado. O francês, que responde em liberdade pelos crimes
de homicídio doloso qualificado, e porte ilegal de arma, será ouvido
novamente pela polícia.
As testemunhas citadas nos autos também serão chmadas para depor, mas as análises de Paulo Ozela podem mudar a qualificação do crime e o curso do processo. O resultado do laudo poderá levar ou não o francês a Júri Popular. O laudo é a prova mais importante do caso. Para juristas, se a análise de Paulo Ozela for aceita pelo juiz, existe a possibilidade de que o crime seja tratado como
homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Ficaria apenas inalterada
a acusação de porte ilegal de arma.
homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Ficaria apenas inalterada
a acusação de porte ilegal de arma.
O caso foi uma das primeiras postagens do blog Ver-o-Fato nesses seus três primeiros meses de existência e provocou polêmica entre os leitores, alguns defendendo o francês, dizendo que ele agiu corretamente ao defender sua família e sua propriedade, localizada em uma área de preservação ambiental que é ponto de atração turística no município, enquanto outros o atacaram, classificando-o de assassino frio e cruel.
A casa de Jean Marie hoje se encontra totalmente abandonada. A esposa e uma filha do francês tiveram que também sair de Gurupá, temendo por suas vidas, já que ninguém acreditou na versão do pesquisador de que ele não tinha a intenção de matar e que apenas atirou para o alto, para “espantar” os invasores, temendo que se repetissem fatos que haviam traumatizado a ele e seus familiares.
O laudo do perito Paulo Ozela (cujas fotos, durante a coleta de informações, você vê abaixo) reacende o debate sobre a morte do garoto. A Justiça é quem irá decidir se houve premeditação ou fatalidade.
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