A doca de casa Érica Cunha reuniu 7 mil assinaturas. Fotos: reprodução TV Liberal |
A pequena horta de Sueli Lima corre risco de ser prejudicada pelas bactérias do lixão |
Aqui fica o restaurante Terra do Meio, a menos de 1 km do lixão da Revita |
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Sete bairros do município de Marituba, que fica na Região
Metropolitana de Belém, reclamam do mau cheiro originário do aterro
sanitário de Marituba e também temem que a água da região seja
contaminada. A central de Processamento e Tratamento de Resíduos de Marituba recebe
todo o lixo da Região Metropolitana de Belém desde o lixão do Aurá, em
Ananindeua, foi fechado para cumprir a Lei Nacional de Resíduos Sólidos.
O aterro sanitário completa um ano de funcionamento e pelo menos dez
mil de famílias de sete bairros do município estão sendo atingidas.
Metropolitana de Belém, reclamam do mau cheiro originário do aterro
sanitário de Marituba e também temem que a água da região seja
contaminada. A central de Processamento e Tratamento de Resíduos de Marituba recebe
todo o lixo da Região Metropolitana de Belém desde o lixão do Aurá, em
Ananindeua, foi fechado para cumprir a Lei Nacional de Resíduos Sólidos.
O aterro sanitário completa um ano de funcionamento e pelo menos dez
mil de famílias de sete bairros do município estão sendo atingidas.
“Muita gente doente, muita gente se queixando, gente indo para o posto
médico, outras procurando outros recursos, utilizando gel, passando
álcool para amenizar o odor”, reclama a dona de casa Érica Cunha, que
mora na comunidade de São João, em Marituba, e que possui um abaixo
assinado com mais de sete mil assinaturas contra as atividades do
aterro.
Quem necessita do solo e da água para sobreviver também reclama da
Central de Tratamento de Resíduos, como é o caso da agricultora Sueli
Lima, que faz cultivo de hortaliças. “A gente não sabe como vai ficar as nossas hortaliças. Pode vir muitas
bactérias mesmo, como geralmente dá. Como a gente vive disso, ficamos
preocupados”, lamenta.
Outro que também está preocupado com a contaminação do solo e dos
lençóis freáticos é o empresário André Nunes, proprietário de um
restaurante ecológico e que fica menos de um quilometro de distância do
novo aterro. “A minha vida toda foi para fazer um empreendimento ecológico. Aí de repente vem um lixão”, contou André.
lençóis freáticos é o empresário André Nunes, proprietário de um
restaurante ecológico e que fica menos de um quilometro de distância do
novo aterro. “A minha vida toda foi para fazer um empreendimento ecológico. Aí de repente vem um lixão”, contou André.
No final do mês passado, moradores do município fecharam as duas pistas
da Alça Viária para protestar contra os transtornos que o aterro tem
trazido para a comunidade, e a possível contaminação dos lençóis
freáticos. Diante das reclamações, a Ordem dos Advogados do Brasil do
Pará (OAB-PA) e o Ministério Público Estadual (MPE) pretendem agir em
prol das comunidades atingidas.
da Alça Viária para protestar contra os transtornos que o aterro tem
trazido para a comunidade, e a possível contaminação dos lençóis
freáticos. Diante das reclamações, a Ordem dos Advogados do Brasil do
Pará (OAB-PA) e o Ministério Público Estadual (MPE) pretendem agir em
prol das comunidades atingidas.
Segundo Patrícia Rocha, presidente da Comissão de Meio Ambiente da
OAB-PA, o órgão entrará com ação civil pública contra as prefeituras de
Belém, Ananindeua e Marituba.
“O quer nós temos é um grupo de estudo e que dependendo que ficar
provado e da forma como está sendo, que cada vez está se tornando mais
grave, nós pretendemos sim tomar medidas judiciais deste caso”, afirmou
Patrícia Rocha, presidente da comissão de Meio Ambiente da OAB-PA. De acordo com o MPE, as vistorias são constantes no local. Na última
delas, no dia 3 de junho, a empresa foi notificada e algumas mudanças
foram exigidas, como a limpeza de área do sistema de drenagem e obras
para que não haja o escoamento da água.
“Para ter uma ideia, a região que envolvia, por exemplo, o Rio Santana
do Aurá, hoje os ribeirinhos bebem água fornecida pela prefeitura.
Existem cerca de 30 mil pessoas em volta do lixão e que estão com poços
com água contaminada. Temos que dar um basta nisso”, disse José
Godofredo, promotor do MPE.
Em nota, a prefeitura de Belém disse que a instalação do aterro
sanitário de Marituba cumpriu todas as exigências legais dos órgãos de
fiscalização ambiental. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
(Semma) informou que a vistoria ocorre periodicamente e que já pediu
adequações técnicas para o melhor funcionamento do aterro.
A prefeitura de Marituba informou que fez vistoria no aterro e
constatou irregularidades e crimes ambientais cometidas pela Revita,
empresa responsável pelo tratamento do lixo. Essas irregularidades fora
apontadas no relatório encaminhado ao MPE. A empresa Revita garantiu que a Central de Tratamento de Resíduos de
Marituba funciona com todas as licenças ambientais exigidas. Fonte: G1Pará
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