Inri Cristo e sua polêmica entrevista na TV Guajará, em 1982. Régis (E), Zé Paulo e Eloy Santos na foto |
Régis homenageia Zé Paulo durante o TV Cidade |
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Um dos muitos encontros entre os dois amigos |
Eu poderia escrever muitas coisas sobre Alamar Régis Carvalho, seja sobre a pessoa – alegre, cheia de piadas e histórias a contar, espírita e polêmico -, seja sobre o profissional de TV, rádio e jornal, que comigo atuou na imprensa paraense, ou a dedicação a uma de suas paixões, a informática. Não, não tenho condições de me alongar sobre nada.
Apenas lamentar sua morte e dizer que ele, agora, descansa em paz, certamente aprontando poucas e boas esteja onde estiver. Régis era criativo, inquieto e ousado. Três predicados que forjam um ser humano diferenciado. E é essa lembrança dele que ficará comigo. Nossa amizade não se abalou nem mesmo quando ele deixou Belém e foi morar em Salvador, Santos e depois em São José dos Campos.
Sempre ligava, perguntava pela família, e relembrava os bons momentos que tivemos na imprensa. Vez ou outra, me relatava as polêmicas que mantinha com alguns religiosos, sobretudo do meio espírita.
Minha emoção com a partida do Régis não me permite ir além do que disse acima. Perdi um amigo, quase irmão. Prefiro que outro amigo e irmão fale por mim. José Paulo Vieira da Costa, o Zé Paulo, conta abaixo um pouquinho sobre o que foi e quem foi o Régis. Fala, Zé Paulo…
“Mas quando que morte tem lá poder de afastar amigo! Muito menos esse, o
primeiro a acreditar em mim e fazer eu acreditar, sim, que seria capaz
de fazer o que eu faço! Alamar Régis Carvalho
foi o parceiro de tantas loucuras da profissão, que me fizeram chegar
até aqui. Ele, diretor de programação da Guajará/Globo, foi quem me
puxou da locução para a produção e, juntos, depois de muitas peripécias,
retornamos com a emissora para o primeiro lugar em audiência, depois de
anos apanhando da Marajoara/Tupi.
primeiro a acreditar em mim e fazer eu acreditar, sim, que seria capaz
de fazer o que eu faço! Alamar Régis Carvalho
foi o parceiro de tantas loucuras da profissão, que me fizeram chegar
até aqui. Ele, diretor de programação da Guajará/Globo, foi quem me
puxou da locução para a produção e, juntos, depois de muitas peripécias,
retornamos com a emissora para o primeiro lugar em audiência, depois de
anos apanhando da Marajoara/Tupi.
As
novelas da Globo, por exemplo, aqui em Belém, terminavam 1 semana depois
do último capítulo ir ao ar no Rio e na maioria das praças. Recebíamos a
programação através de tráfego aéreo, a D. Conceição, presidente das
Rádio e Tv Guajará, não admitia pagar Embratel pra gravar a programação
de madrugada e, assim, ter tudo up-to-date no ar.
novelas da Globo, por exemplo, aqui em Belém, terminavam 1 semana depois
do último capítulo ir ao ar no Rio e na maioria das praças. Recebíamos a
programação através de tráfego aéreo, a D. Conceição, presidente das
Rádio e Tv Guajará, não admitia pagar Embratel pra gravar a programação
de madrugada e, assim, ter tudo up-to-date no ar.
O Régis conseguiu
convencer Boni e Walter Clark, os manda-chuvas da Rede Globo, na época, a
inverter o tráfego nacional, e a programação passou a vir logo no dia
seguinte à exibição no Rio, uma maravilha, contando que o avião pra cá
não atrasasse nem tivesse vôo cancelado Anos depois, ele já tinha saído
da Guajará, o diretor de programação era eu, mas sempre disponível, foi
ele, Régis, que descobriu em um hotelzinho da Padre Eutíquio, e juntos
fizemos um especial e botamos o Eloy Santos para entrevistar, o Inri de
Indaial, o homem que se dizia – e se diz até hoje – reencarnação de
Cristo, o programa explodiu e fizemos mais 2 especiais.
convencer Boni e Walter Clark, os manda-chuvas da Rede Globo, na época, a
inverter o tráfego nacional, e a programação passou a vir logo no dia
seguinte à exibição no Rio, uma maravilha, contando que o avião pra cá
não atrasasse nem tivesse vôo cancelado Anos depois, ele já tinha saído
da Guajará, o diretor de programação era eu, mas sempre disponível, foi
ele, Régis, que descobriu em um hotelzinho da Padre Eutíquio, e juntos
fizemos um especial e botamos o Eloy Santos para entrevistar, o Inri de
Indaial, o homem que se dizia – e se diz até hoje – reencarnação de
Cristo, o programa explodiu e fizemos mais 2 especiais.
Em um dia de
aniversário meu, durante eu estar apresentando o Tv Cidade, ele irrompe
dos bastidores, toma o microfone da minha mão e me faz a mais tocante e
bonita homenagem que alguém já me fez, daquelas cafonas e lindas, ao
estilo do Esta é a Sua Vida, imagino o trabalhão que ele teve para
produzir aquilo!
aniversário meu, durante eu estar apresentando o Tv Cidade, ele irrompe
dos bastidores, toma o microfone da minha mão e me faz a mais tocante e
bonita homenagem que alguém já me fez, daquelas cafonas e lindas, ao
estilo do Esta é a Sua Vida, imagino o trabalhão que ele teve para
produzir aquilo!
E quanta coisa foi produzida por ele junto comigo, por
mim junto com ele, algumas, de morrer de rir. Depois, ele foi embora,
morou em Salvador, em Santos, em São Paulo, e, agora, tinha acabado de
se mudar para São José dos Campos. Vivia dos livros que escreveu, todos
irreverentes iguais a ele, e de programas espíritas que apresentava pelo
Internet.
mim junto com ele, algumas, de morrer de rir. Depois, ele foi embora,
morou em Salvador, em Santos, em São Paulo, e, agora, tinha acabado de
se mudar para São José dos Campos. Vivia dos livros que escreveu, todos
irreverentes iguais a ele, e de programas espíritas que apresentava pelo
Internet.
Nunca perdemos o contato, passávamos horas no telefone, ele
gostava sempre de perguntar pelas mesmas pessoas, o papo era igual, mas
era diferente, sei lá. E quem sabe qualquer dia ele liga de novo! Vou
aguardar. Até mais ver, amigo velho! Tô triste, muito!, mas sei que
estás em paz”.
gostava sempre de perguntar pelas mesmas pessoas, o papo era igual, mas
era diferente, sei lá. E quem sabe qualquer dia ele liga de novo! Vou
aguardar. Até mais ver, amigo velho! Tô triste, muito!, mas sei que
estás em paz”.
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