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Empregado de uma madeireira de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, Pedro Moreira da Luz denunciou em boletim de ocorrência registrado na delegacia de polícia daquele município ter sido agredido por fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), durante operação realizada na região para combater crimes ambientais. Pedro teve a mão quebrada e sofreu outras escoriações pelo corpo em razão das agressões.
Ele contou aos policiais que no dia 19 passado estava saindo de dentro da fazenda Nossa Senhora de Aparecida, localizada na comunidade conhecida por Cachoeira da Serra, quando se deparou com uma equipe do Ibama. A ordem para parar foi dada e ele obedeceu, mas afirma que passou a ser agredido fisicamente pelo agente do Ibama identificado apenas por Jaime.
Segundo Pedro da Luz, o agente puxou uma faca e encostou-a no pescoço dele, dizendo que o faria “sangrar e depois jogar o corpo em uma represa”. Depois disso, ainda de acordo com a versão da vítima, Jaime voltou a fazer ameaças, agredindo-o a socos, tendo em seguida dado voz de prisão. “Fiquei um dia e uma noite dentro do mato, preso, ferido, em poder dos agentes do Ibama”, relatou o trabalhador.
A violência contra ele foi tão grande, segundo sua narrativa à polícia, que sua mão direita foi quebrada pelo agente Jaime durante a tortura. O laudo do exame de corpo de delito constatou a agressão por “meio contundente” e o resultado o tornou incapaz para realizar suas ocupações habituais por um prazo de 30 dias. Mão direita, face, e região lombar foram as mais atingidas pela agressão. O blog teve acesso a um vídeo onde Pedro da Luz narra os fatos.
O blog Ver-o-Fato tentou contato com o Ibama de Novo Progresso e Santarém para ouvir a versão do agente Jaime, mas ninguém foi localizado. Os telefones ora davam como ocupados, ora chamavam sem que ninguém atendesse.
Pedro teve a mão quebrada pelo agente durante as agressões |
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