ADVERTISEMENT
Quando grandes jornalistas – principalmente os que recolhem provas das matérias que escrevem, sejam elas testemunhais, documentais ou gravadas – publicam denúncias de grande repercussão, por envolver figuras notórias e notáveis, geralmente eles têm algo mais para alimentar novas reportagens.
Na semana passada, a revista Veja adiantou, sem entrar em detalhes, que o poderoso chefão da construtora OAS, Léo Pinheiro, tinha bombas para detonar de vez o mito Lula e outras personalidades da República sobre as quais já pairavam suspeitas de envolvimento em corrupção – ela não mencionou as cabeças pensantes do PSDB, Aécio Neves e José Serra, hoje ministro do governo Temer, agora também detonadas.
Só quem não sabia disso, embora escolados com as mumunhas do poder, são o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o
ministro do STF, Gilmar Mendes. Sem duvida – embora a matéria da semana passada fosse omissa dos detalhes -, Veja tinha muita munição quando divulgou um dos anexos da
pré-delação do empreiteiro Leo Pinheiro, dono da OAS, o mesmo que
assumiu o prédio da Bancoop no Guarujá, reservou ali o triplex de Lula,
reformou-o luxuosamente para o ex-presidente, e ainda reformou o sítio
de Atibaia e pagou as despesas dos armazéns onde foram guardados os bens
que o ex-presidente trouxe de Brasília.
Quando Rodrigo Janot cancelou a delação, jogou no lixo tudo isso, mas
também coisas bem mais importantes, como mostra a Veja desta semana, que
bota a derradeira pá de cal na biografia de Lula e abala as biografias de gente
graúda como Aécio e José Serra.
ministro do STF, Gilmar Mendes. Sem duvida – embora a matéria da semana passada fosse omissa dos detalhes -, Veja tinha muita munição quando divulgou um dos anexos da
pré-delação do empreiteiro Leo Pinheiro, dono da OAS, o mesmo que
assumiu o prédio da Bancoop no Guarujá, reservou ali o triplex de Lula,
reformou-o luxuosamente para o ex-presidente, e ainda reformou o sítio
de Atibaia e pagou as despesas dos armazéns onde foram guardados os bens
que o ex-presidente trouxe de Brasília.
Quando Rodrigo Janot cancelou a delação, jogou no lixo tudo isso, mas
também coisas bem mais importantes, como mostra a Veja desta semana, que
bota a derradeira pá de cal na biografia de Lula e abala as biografias de gente
graúda como Aécio e José Serra.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tomou a decisão mais
controversa da Operação Lava-Jato na semana passada. Diante da
repercussão da reportagem de capa de VEJA, Janot informou que as
negociações de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da
OAS, estão encerradas.
controversa da Operação Lava-Jato na semana passada. Diante da
repercussão da reportagem de capa de VEJA, Janot informou que as
negociações de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da
OAS, estão encerradas.
O vasto material produzido ao longo de cinco
meses de tratativas entre a Procuradoria e o empreiteiro foi enviado
para o incinerador, eliminando uma das mais aguardadas confissões sobre o
escândalo de corrupção na Petrobras.
meses de tratativas entre a Procuradoria e o empreiteiro foi enviado
para o incinerador, eliminando uma das mais aguardadas confissões sobre o
escândalo de corrupção na Petrobras.
Segundo a Veja, para quem vive atormentado desde 2014, quando surgiu a Lava-Jato, a
decisão de Janot representa um alívio ou até a salvação. Léo Pinheiro se
preparava para contar os detalhes de mais de uma década de simbiose
entre o poder e a corrupção. Em troca de uma redução de pena, o
empreiteiro ofereceu aos investigadores um calhamaço com mais de setenta
anexos. São capítulos que mostram como a corrupção se apoderou do
Estado em diversos níveis.
decisão de Janot representa um alívio ou até a salvação. Léo Pinheiro se
preparava para contar os detalhes de mais de uma década de simbiose
entre o poder e a corrupção. Em troca de uma redução de pena, o
empreiteiro ofereceu aos investigadores um calhamaço com mais de setenta
anexos. São capítulos que mostram como a corrupção se apoderou do
Estado em diversos níveis.
A revista teve acesso ao conteúdo integral de sete anexos que o
procurador-geral decidiu jogar no lixo. Eles mencionam o
ex-presidente Lula, a campanha à reeleição da presidente afastada
Dilma Rousseff e, ainda, dois expoentes do tucanato, o senador Aécio
Neves e o ministro José Serra. A gravidade das acusações é variável.
procurador-geral decidiu jogar no lixo. Eles mencionam o
ex-presidente Lula, a campanha à reeleição da presidente afastada
Dilma Rousseff e, ainda, dois expoentes do tucanato, o senador Aécio
Neves e o ministro José Serra. A gravidade das acusações é variável.
Para Lula, por exemplo, as revelações de Léo Pinheiro são letais. Lula é
retratado como um presidente corrupto que se abastecia de propinas da
OAS para despesas pessoais. O relato do empreiteiro traz à tona algo de
que todo mundo já desconfiava, mas que ninguém jamais confirmara: Lula é
o verdadeiro dono do famoso tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo
— comprado, reformado e mobiliado com dinheiro de uma conta em que a
OAS controlava as propinas devidas ao PT.
retratado como um presidente corrupto que se abastecia de propinas da
OAS para despesas pessoais. O relato do empreiteiro traz à tona algo de
que todo mundo já desconfiava, mas que ninguém jamais confirmara: Lula é
o verdadeiro dono do famoso tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo
— comprado, reformado e mobiliado com dinheiro de uma conta em que a
OAS controlava as propinas devidas ao PT.
O tríplex do Edifício Solaris é o tema de um dos anexos que narram
crimes praticados pelo ex-presidente. O empreiteiro conta que, em 2010,
soube, por intermédio de João Vaccari, então tesoureiro do PT, que Lula
teria interesse em ficar com o imóvel no prédio. Vaccari, que está
preso, pediu ao empreiteiro que reservasse a cobertura para o
ex-presidente.
crimes praticados pelo ex-presidente. O empreiteiro conta que, em 2010,
soube, por intermédio de João Vaccari, então tesoureiro do PT, que Lula
teria interesse em ficar com o imóvel no prédio. Vaccari, que está
preso, pediu ao empreiteiro que reservasse a cobertura para o
ex-presidente.
Não perguntou o preço. E quem pagou? Léo Pinheiro
responde: “Ficou acertado com Vaccari que esse apartamento seria abatido
dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da
OAS na Petrobras”. Ou seja: dinheiro de propina pagou esse pequeno luxo
da família Lula. Para transformar o que era um dúplex em um tríplex
mobiliado, a conta, segundo a perícia, ficou em pouco mais de1 milhão de
reais.
responde: “Ficou acertado com Vaccari que esse apartamento seria abatido
dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da
OAS na Petrobras”. Ou seja: dinheiro de propina pagou esse pequeno luxo
da família Lula. Para transformar o que era um dúplex em um tríplex
mobiliado, a conta, segundo a perícia, ficou em pouco mais de1 milhão de
reais.
Pinheiro esclarece até mesmo se Lula sabia que seu tríplex era
produto de desvios da Petrobras. “Perguntei para João Vaccari se o
ex-presidente Lula tinha conhecimento do fato, e ele respondeu
positivamente”, diz o anexo.
produto de desvios da Petrobras. “Perguntei para João Vaccari se o
ex-presidente Lula tinha conhecimento do fato, e ele respondeu
positivamente”, diz o anexo.
Discussion about this post